O professor Gilson Nunes, presidente da Associação dos
Servidores Públicos do Norte e Nordeste – Asprenne e membro do Conselho Gestor
do Fundo de Habitação Municipal solicitou ao Secretário Municipal de
Planejamento da Prefeitura de Campina Grande, Márcio Caniello, uma reunião em
caráter de urgência.
O objetivo é discutir denúncia da Asprenne à Procuradoria
Geral da República – PGR sobre favorecimento político e inobservância de
critérios definidos pelos Governos Federal e Municipal no sorteio de apartamentos,
por parte da Prefeitura de Campina. A denúncia também já chegou ao Ministério
das Cidades, à Casa Civil da Presidência da República e à Superintendência na
Paraíba da Caixa Econômica Federal – CEF.
Professor Gilson Nunes, presidente da Asprenne
“Causou-me indignação
a forma como os servidores públicos da prefeitura de Campina Grande, que
pleiteavam um apartamento, foram tratados pelo corpo técnico do serviço de
Assistência Social da Secretaria de Planejamento. Minha indignação aumentou
quando liguei para todos os servidores que se encontravam listados no Ofício nº
131/2013, protocolado à Senhora Alba Valéria para que a mesma pudesse observar
os mesmos, respeitando os critérios nacionais e locais”, diz o ofício enviado à
Seplan.
Segundo o documento, da relação dos 69 servidores apenas 3 foram
contemplados. “Algo estava errado, principalmente um servidor público que se
encontrava na relação e com deficiência ficou de fora do processo. Minha
indignação foi ao limite máximo. Por este motivo estive em Brasília denunciando
todo o processo de irregularidade cometida por parte da equipe técnica dessa
secretaria”, afirma Gilson Nunes, no ofício.
Ele também aproveitou para externar a sua indignação em
relação ao lançamento do projeto de moradia, no último dia 2 de dezembro, com a
presença do Ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro, quando “sequer os membros
do Conselho Gestor de Habitação Municipal foram convidados, nem por e-mail”.
Ao fazer a denúncia Gilson Nunes, descobriu que a PMCG
solicitou agilidade no processo de entrega das chaves aos contemplados e a CEF
já está agilizando a documentação para proceder a contemplação. Os apartamentos
ficam localizados nos residenciais Major Veneziano I, II, III e IV, construídos
através do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro Três Irmãs.
Segundo Gilson Nunes, a pressa da Prefeitura em querer
entregar logo os apartamentos é para tentar resolver a situação antes que a
investigação indique a inobservância dos critérios obrigatórios para o sorteio.
“É muito estranho, após a denúncia ter chegado à PGR, a Prefeitura correr para
entregar logo os apartamentos”, afirmou.
Segundo a denúncia, a PMCG teria descumprido critérios estabelecidos
pela Portaria nº 610 do Ministério das Cidades, de 26 de dezembro de 2011, estabelecendo
3% dos 1982 apartamentos reservados a portadores de necessidades especiais e 3%
para idosos, além de famílias residentes em áreas de risco, famílias com mulheres
responsáveis pela família e famílias com pessoas com deficiência.
Da mesma forma, o sorteio, denuncia a entidade, desobedeceu
critérios estabelecidos na Resolução nº 002, de 04 de julho de 2013, emitida
pela Secretaria Municipal de Planejamento de Campina Grande, colocando como
prioridade os servidores públicos, operários da construção do residencial e os
inscritos no aluguel social, com publicação do Semanário Oficial do Município.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
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