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05/01/2018

Desafio: como viabilizar o transporte público em 2018?


O ano de 2018 chega e com ele um desafio se apresenta para o setor de transporte público no país: como vencer a crise que se abate sobre um dos mais importantes sistemas para a mobilidade urbana das médias e grandes cidades, dentre elas, Campina Grande, tornando-o viável para a população que precisa dessa modalidade de transporte para satisfazer suas necessidades diárias de deslocamentos.

Para confirmar a crise, os números não nos deixam mentir. De acordo com recente pesquisa do Instituto FSB, quase 30% das empresas (29,1%) de ônibus urbano têm dívida superior a 40% do faturamento anual. De acordo com a mesma fonte, o endividamento médio do setor é de 33% do faturamento anual.



Especialistas apontam que, nos últimos 20 anos, o setor tem perdido demanda, produtividade e ainda sofre com a ausência de políticas públicas para socorrê-lo.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Público de Passageiros - NTU, a queda de demanda de passageiros vem se mantendo acima de 8%. Os números de 2017 ainda não foram divulgados, mas a tendência é que esse percentual aumente.

Além da crise financeira, outros fatores também contribuem para agravar a situação das empresas. Um exemplo é a expansão do transporte ilegal de passageiros, popularmente conhecido como alternativo, que em Campina Grande tem uma forte presença, atuando com mais de 5 mil motocicletas e cerca de 200 automóveis. Mais recentemente, o setor também sentiu os efeitos da chegada do transporte por meio de aplicativos. E ainda tem os problemas relacionados a insegurança pública, que afugentam os passageiros.

Em Campina Grande, segundo informações do SITRANS, sindicato que reúne as quatro empresas de transporte de passageiros, a queda no volume de clientes transportados em 2017 deve bater a casa dos 10%, comparado ao mesmo período de 2016.

Portanto, a pergunta que se faz é: como garantir o equilíbrio econômico do sistema de transporte de passageiros coletivo com qualidade, diante da crise provocada pela queda de passageiro pagante, em decorrência da concorrência desleal, desemprego em alta e aumento semanal nos preços dos combustíveis, como o óleo diesel?

Para o setor, esses anseios não vão se concretizar enquanto a tarifa continuar sendo a única fonte de financiamento do sistema.

Observa-se que em outras cidades, onde o bem-estar social é bem melhor avaliado, o poder público participa fortemente da gestão do setor.

Aqui, o lençol é curto e talvez faltassem recursos para outras demandas da população. Isso não impede de o município poder encontrar meios criativos para preservar, o máximo possível, o interesse social. E há o aspecto da economia: quanto mais os usuários do transporte coletivo circulam, mais ganha a atividade econômica - Informe Publicitário.

Portal Carlos Magno


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