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23/01/2014

Paraíba tem o pior saldo de empregos dos últimos 4 anos, coincidindo com governo Ricardo Coutinho


A Paraíba fechou 2013 com saldo de 14.785 postos de empregos gerados, o que representou queda de 20,96% nas vagas quando comparado ao ano de 2012, o pior desempenho dos últimos 4 anos. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o saldo ficou acima apenas de 2008, quando foram gerados apenas 11.980.

 

O mês de dezembro, conhecido como de ajustes, registrou saldo negativo de 1.234 postos. As maiores perdas foram nas atividades da indústria da transformação (-816) e serviços (-598). Somente comércio (158) e construção civil (91 vagas) tiveram admissão maior que desligamentos no último mês do ano.


 

Já no acumulado de doze meses, o setor de serviços (+8.104) puxou mais uma vez a criação de vagas com mais de 54% do saldo. Na sequência, vieram comércio (+3.547), construção civil (+1.276) e da indústria de transformação (+1.002). Todos esses setores ficaram abaixo de 2012. No balanço do ano passado, apenas agropecuária apresentou saldo maior (857) que o ano anterior (-2.156).

 

Para o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Paraíba, Renato Silva, a diferença no balanço geral do saldo de empregos entre 2013 e 2012 teve grande influência na construção civil. Em 2012 este setor gerou cerca de 4.955 vagas, ou seja, 3.694 postos a mais (-74%).

 

“Verificamos que houve queda significativa de postos no setor da construção civil na Paraíba, mas o faturamento vem aumentando. Esta queda registrada no ano passado pode ter relação com o fim de algumas obras que estavam em andamento e a evolução da tecnologia, que cada vez mais está substituindo o trabalho por máquinas”, disse.

 

No caso da indústria de transformação, Renato Silva disse que o destaque foi para o subsetor da indústria química, que em 2012 registrou 93 novos empregos e no ano passado perdeu 508 trabalhadores. O setor de serviços também apresentou queda no ano passado, puxada em grande parte pelo comércio e administração de imóveis. “O setor não parou de crescer, mas cresceu em ritmo mais lento”.

 

Renato revelou ainda que o mês de dezembro é comum registrar perdas no número de empregos porque é um período de ajustes em diversos setores da economia. No ano passado o que mais influenciou nas demissões foi o setor de calçados, que em 2013 demitiu 180 postos a mais do que no ano anterior. Em 2012 o número de dispensas de trabalhadores foi de 327 pessoas e em 2013 de 507.

 

Do Blog Carlos Magno, com Jornal da Paraíba