Na opinião da Federação Paraibana de Futebol (FPF), as supostas fraudes no futebol do Estado não são um motivo para a anulação do Campeonato Paraibano de 2018. A assessoria jurídica da FPF informou ontem que, mesmo com as denúncias sobre as manipulações nos resultados dos jogos, está descartada a possibilidade de cancelamento do campeonato. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Polícia Civil estão investigando dirigentes de clubes e árbitros supostamente envolvidos na Operação Cartola, deflagrada no último dia 9 deste mês.
Segundo o advogado da FPF, Hilton Souto Maior, mesmo sendo comprovadas as denúncias, não é um caso para o cancelamento por se tratar de algo esporádico. "Eu vou dar um exemplo: No último sábado teve o jogo Flamengo e Vitória, que não foi pelo Campeonato Paraibano, é do Campeonato Nacional. O juiz marcou um pênalti contra o Flamengo, inclusive expulsou o jogador, mas não tinha sido pênalti, e nem por isso a partida foi cancelada", disse.
Quando questionado sobre a diferença entre um erro de arbitragem, como o exemplo que utilizou, e um esquema de manipulação de resultados, do qual o futebol da Paraíba está sendo acusado, o advogado alegou que a federação não tomou ciência total dos fatos, e que nenhum time realizou, até o momento da entrevista, uma denúncia formal sobre o resultado dos jogos.
Por outro lado, Hilton Souto enfatizou que uma sindicância interna foi aberta na federação para apurar os fatos. "A federação recebeu as denúncias com muita surpresa e indignação. Foi aberto também um procedimento administrativo para poder investigar, mas a gente vai esperar a investigação do Ministério Público. Nós repudiamos qualquer tipo de ação externa para querer mudar algum tipo de resultado de jogos", disse.
O procurador-geral de Justiça do MPPB, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, foi procurado pela reportagem de A União e informou que ainda não foi determinado se o MPPB entrará com um pedido para anular o resultado dos jogos do Campeonato Paraibano. "É algo que a gente está avaliando ainda. É complicado dar essa informação porque eu vou está dando uma informação em cima de uma suposição", disse.
O procurador enfatizou que o MPPB não poderá falar sobre o assunto até a conclusão das investigações, até porque qualquer informação sobre esse caso é sigilosa. "Todas as informações divulgadas foram coletadas pela própria mídia", disse - A União.
Portal Carlos Magno
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