O servidores da Saúde da Prefeitura de Campina Grande
continuam em greve, mesmo após a decisão da Justiça de decretar a ilegalidade
do movimento. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais
do Agreste da Borborema – Sintab, os servidores decidiram permanecer com os
braços cruzados porque, até o momento, a entidade não foi comunicada da
ilegalidade da greve.
O Sintab informou nesta terça-feira (18), que os servidores
vão continuar em greve até que a entidade seja comunicada oficialmente da
decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba – TJ-PB, tomada na semana passada,
atendendo pedido da própria Prefeitura. Com as atividades paralisadas, os
servidores aproveitaram a segunda-feira (17) para protestar, em frente à Secretaria
Municipal de Finanças – Sefin, no centro da cidade.
Servidores decidiram manter a greve, pois o Sintab ainda não foi notificado da ilegalidade
A manifestação, que inicialmente seria apenas dos servidores
da Saúde, em greve há 13 dias, acabou contando com o apoio de outras
categorias, como os servidores da Educação, que também se mostraram indignados
com o governo Romero Rodrigues (PSDB). Todos lamentavam a falta de diálogo e a
intransigência do prefeito e auxiliares, alegando que a Prefeitura entrou na
Justiça com pedido de ilegalidade sem dialogar.
O presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, lamentou a
decisão da Prefeitura de pedir a ilegalidade da greve sem, ao menos, demonstrar
qualquer interesse em dialogar com os servidores. Ele disse que a greve é um
direito dos servidores. “Até agora não fomos notificados de nada a respeito de decreto
de ilegalidade da greve. Como é um direito da categoria, fazer greve, então
continuaremos até que sejamos notificados. Quando recebermos uma notificação,
então será convocada uma assembleia para decidir se permaneceremos ou não com a
paralisação”.
Os servidores reivindicam o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira
e Remuneração (PCCR), aprovado no ano de 2011, durante o governo do ex-prefeito
Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), implantado no mês de março de 2012, mas
suspenso pela atual administração, assim que iniciou o governo, em janeiro de
2013, sob a alegação de que iria melhorar o PCCR. Porém, passados um ano e três
meses, a atual administração nem melhora o plano nem paga os benefícios do PCCR
como vinha sendo feito, até a suspensão.
Além da questão do PCCR, os servidores reivindicam o
pagamento da gratificação de incentivo ao trabalho (GIT), reajuste de 35% da
data-base de maio e a realização de concurso público. Mesmo com as imagens
publicadas pela imprensa no dia de ontem, mostrando os servidores paralisados e
em manifestação na frente da Sefin, o Procurador do Município, José Mariz,
afirmou que não existe greve e que os servidores já retornaram ao trabalho.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
& Marketing