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09/11/2018

Servidores de Serra Redonda não aceitam proposta de calendário para pagamento feita pela Prefeitura Municipal


Os servidores municipais de Serra Redonda não aceitaram a proposta da Prefeitura Municipal, de pagar os salários de todas as categorias somente no 10º dia útil de cada mês, pelo menos até junho do ano que vem. A decisão foi votada em assembleia na manhã desta quarta-feira, 07, na Câmara de Vereadores da cidade.

A contraproposta apresentada pelos trabalhadores é receber o salário dentro do mês trabalhado. A sugestão será levada à Prefeitura por meio de ofício ainda nesta quinta-feira, 08, pela direção do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab).



De acordo com o vice-presidente do Sintab, Giovanni Freire, a tolerância máxima para o recebimento será o dia 10 do mês subsequente, e o acordo já deve valer para este mês, e, portanto, caso os efetivos não recebam até a próxima sexta-feira, 09, irão paralisar as atividades por tempo indeterminado já a partir da segunda, 12.

Ele lembrou que a ideia de estabelecer como cronograma o 10º dia útil foi apresentada ao Sintab no dia 29 de outubro, pelo procurador do município, Murilo Duarte, na sede administrativa em Campina Grande, mas que só poderia ser analisada em assembleia, que é soberana. "É importante destacar que mesmo esta proposta, considerada absurda pelos trabalhadores e com razão, só foi garantida após muita luta deles próprios, não representa nenhuma consideração da Prefeitura para com eles", afirmou.

Giovanni frisou mais uma vez que os atrasos são recorrentes e geralmente ultrapassam o 15º dia útil. Ainda segundo ele, a gravidade da situação compromete a discussão sobre outros problemas igualmente sérios, como as condições de trabalho precárias e o congelamento dos salários dos servidores da educação, que já dura aproximadamente 10 anos. "Nós reforçamos que Serra Redonda vive a pior situação de sua história para os trabalhadores. Salário é o mais básico dos benefícios, sem salário os trabalhadores não conseguem sequer garantir o próprio alimento, é uma situação absurda e humilhante e que nos faz postergar a luta para reverter outras questões tão graves quanto", reiterou.

Também durante a assembleia, o coordenador dos Delegados de Base, Joselito Barbosa, ressaltou a importância da união dos trabalhadores. "Quando nos unimos e lutamos, ainda que o processo  seja doloroso, garantimos nossos direitos", disse - Assessoria.

Carlos Magno