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19/04/2014

Violência aumenta e população sai às ruas para pedir mais ação do governo. Em Campina estudantes protestam


Enquanto a violência aumenta, o governo nega os índices. Nem os dados divulgados pela Organização das Nações Unidas – ONU, que colocaram a Paraíba como um dos estados mais violentos do Brasil e João Pessoa e Campina Grande dentre as cidades mais violentas do mundo sensibilizaram o governo para admitir a crescente onda de violência no estado e tomar medidas enérgicas para conter esta onda.

 

Enquanto o governo se finge de morto, a população reclama, vai às ruas, grita, pede socorro. Em Campina Grande, agora foi a vez dos estudantes tomarem as ruas da cidade para pedir ao governo só duas coisinhas: primeiro, que reconheça o que toda a Paraíba já vê, que é o aumento da violência; e, segundo, que tome providências já.
 
Estudantes de Campina Grande foram às raus pedir mais segurança
 Estudantes de Campina Grande foram às raus exigir do governo mais segurança
 

Alunos da Escola Estadual Hortênsio de Sousa Ribeiro, o Premen, que fica no bairro do Catolé, decidiram sair das salas de aula e ir às ruas exigir uma posição do governador Ricardo Coutinho. Os estudantes relataram que, nas últimas semanas, estão acontecendo assaltos na entrada da escola.

 

Segundos os alunos, os assaltos acontecem sempre quando eles estão chegando ou saindo da escola. Os bandidos aproveitam o momento em que as vítimas saem a pé e fazem a abordagem para roubar dinheiro, celulares, relógios e objetos eletrônicos. A escola funciona em tempo integral.

 

De acordo com o estudante do 1° ano do ensino médio Rafael Barbosa, 16 anos, os bandidos são tão ousados que nos últimos três dias realizaram assaltos até no interior da escola. “Os roubos já vinham acontecendo nas adjacências da escola, mas esta semana eles estão roubando até na parte de dentro”, relatou o estudante.

 

Recentemente uma estudante estava deixando a escola quando foi abordada por dois homens armados que roubaram a sua motoneta. O comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente- coronel Lívio Delgado, afirmou que a polícia vem fazendo o possível para garantir a segurança dos estudantes, mas que não há como patrulhar as 200 escolas nos horários de pico.

 

“A patrulha nunca deixou de existir e sempre passa pelas escolas, mas não temos 200 viaturas para patrulhar todas as escolas ao mesmo tempo. Não temos como garantir que nenhum aluno jamais seja assaltado. Parece que há um complô para diminuir nosso trabalho, mas ele está sendo feito na medida do possível”, declarou.

 

Do Blog Carlos Magno