Relator no Senado do Plano Nacional de Educação (PNE - PL
8035/10) aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, o senador Vital do
Rêgo (PMDB-PB) disse estar otimista quanto ao cumprimento das metas do plano,
que estabelece metas e estratégias para o setor nos próximos dez anos. Dentre
elas, a erradicação do analfabetismo e universalização do atendimento escolar.
Vital do Rêgo, que preside a Comissão de Constituição
Justiça e Cidadania (CCJ) comemorou a aprovação da matéria e disse que o
Congresso Nacional deu uma grande contribuição para melhorar a qualidade da
educação do país. O senador também destacou o empenho da bancada paraibana em
votar a favor do projeto, especialmente a deputada federal Nilda Gondim
(PMDB-PB).
O parecer do relator do PNE na Câmara, deputado Angelo
Vanhoni (PT-PR) manteve o texto relatado por Vital do Rêgo. A matéria agora
será enviada à sanção presidencial.
Vital acredita que as metas, ousadas, do Plano Nacional de Educação serão alcançadas
O PNE estipula novas metas para os próximos dez anos, com o
objetivo de melhorar os índices educacionais brasileiros. A principal inovação
da proposta em relação ao plano anterior, cuja execução acabou em 2010, é a
aplicação de um mínimo de recursos públicos equivalentes a 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) em educação.
O plano prevê o alcance dessa meta em duas etapas: um mínimo
de 7% do PIB no quinto ano de vigência da futura lei; e 10% do PIB ao fim do
período de dez anos.
Esses recursos também serão utilizados para financiar a
educação infantil em creches conveniadas; a educação especial; e programas como
o de acesso nacional ao ensino técnico e emprego (Pronatec), o de bolsas em
faculdades privadas (Universidade para Todos – ProUni), o de financiamento
estudantil (Fies) e o de bolsas para estudo no exterior (Ciência sem
Fronteiras).
O texto-base de Vital do Rêgo foi aprovado no dia 28 de maio
no Senado. O PNE é composto de 14 artigos e 21 metas a serem cumpridas na
próxima década para melhorar a educação. O texto determina que o investimento
público na área deva atingir 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em cinco anos e
10% no final do decênio. Atualmente, o país aplica 5,1% do PIB no setor,
incluindo recursos da União, estados e municípios.
O texto aprovado, elaborado pelo senador Vital do Rêgo,
acatou 47 das 101 mudanças previstas no substitutivo do senador Alvaro Dias
(PSDB-PR) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), última a examinar o
texto.
Uma das novidades introduzidas pelo plenário é a criação da
vigésima primeira meta, que trata de inovação e tecnologia na área educacional.
O dispositivo visa aumentar a produção científica brasileira para que o país
“figure no grupo dos dez maiores produtores de conhecimento novos no mundo” e
atinja a proporção de quatro doutores por cada mil habitantes.
Um dos pontos do Plano Nacional de Educação que gerou forte
debate no Congresso é a meta quatro, que trata de alunos com deficiência ou
superdotados. O parecer apresentado por Vital eliminou a polêmica.
Segundo o senador paraibano, seu substitutivo ao PNE garante
para os próximos 10 anos, através de 21 metas e 177 estratégias, uma revolução
na Educação brasileira que visa, entre outros objetivos, erradicar o
analfabetismo e universalizar o atendimento escolar, com o aumento de vagas em
creches e universidades públicas.
Do Blog Carlos Magno, com Assessoria