Até o mês de maio, o Sindicato dos Revendedores de
Combustíveis de Campina Grande (Sindirev) já registrou 51 casos de assaltos
contra esses estabelecimentos, número que em todo o ano passado chegou a 102. Apesar
disso, o sindicato acredita que a quantidade de assaltos é ainda maior, porque
em cerca de 20% dos casos não são feitos boletins de ocorrência.
“As grades são uma medida extrema adotada pelos
proprietários, que além dos assaltos também enfrentam atos de vandalismo,
muitos deles praticados por esses grupos que param os carros próximo ao posto,
ligam o som e passam a noite bebendo”, relatou Bruno Agra, presidente do
Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Campina Grande (Sindirev).
Assaltos a postos de combustíveis tem aumentado consideravelmente em Campina Grande
Outro reflexo da falta de segurança é o horário de
fechamento dos postos na cidade. Atualmente, apenas três deles permanecem
abertos após as 22h, horário que, segundo o sindicato, só está sendo mantido
para cumprir uma lei municipal. “Só estão abertos porque esse é o mínimo
previsto em lei. Mesmo assim, não sabemos por quanto tempo, porque à noite o
medo de trabalhar é muito grande”.
Ainda de acordo com o presidente, a ausência da polícia na
rua tem preocupado os proprietários de postos. “O problema é que não temos
sensação de segurança, de ver a polícia na rua. E o pior de tudo é que isso não
é algo sentido só pela população de Campina Grande. Estive em Recife
recentemente e uma pessoa de lá veio comentar comigo sobre a insegurança da
cidade”, acrescentou.
Emanoel Tadeu, especial para o Blog Carlos Magno