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10/06/2014

Chapa de Cássio exige mais de 1 milhão de votos para reeleger deputados. Na de Veneziano são necessários apenas 600 mil


Com a proximidade da campanha propriamente dita, vemos a todo o momento partidos ditos como fechados com certas coligações indo e voltando atrás de acordos firmados. Mas porque isso acontece? Qual é a chapa dita como ‘suicida’ para os candidatos, na proporcional?

Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral – TSE de cortar duas vagas na Câmara Federal e seis na Assembleia para as bancadas paraibanas nas duas casas, os candidatos passaram a fazer as contas, preocupados com a quantidade de votos a mais que precisarão e se terão condições de alcança-los nas atuais composições.

Essas eleições são chamadas de proporcionais porque as vagas são preenchidas a partir da soma dos votos dados aos candidatos dos partidos ou coligações, tendo como base o quociente eleitoral (número mínimo de votos para eleger um deputado, calculado pela divisão de votos válidos para o cargo e as vagas disponíveis).

Quociente Eleitoral Paraíba

O corte de vagas determinado pelo TSE eleva o quociente eleitoral. Assim, para a Câmara Federal a estimativa é de que ficará em torno de 225 mil votos, quando em 2010 foi de 162.728 votos. Para a Assembleia, 75 mil, quando foi 55.600. A elevação seria causada tanto pela redução de vagas como pelo crescimento do eleitorado, mas dependerá ainda da abstenção.

Os cálculos consideram que 22% não votarão. A coligação de Ricardo Coutinho já tem sete partidos confirmados (PSB, PSD, DEM, PV, PSL, PCdoB e PTdoB) que juntos têm 11 deputados estaduais. Para mantê-los seriam precisos em torno de 825 mil votos. A aliança de Cássio Cunha Lima (PSDB, PPS, PEN, SDD, PMN, PSDC, PRB) já tem 9 deputados (precisariam de 675 mil votos). Se agregar PP, PTB e PSC, serão 15 deputados e algo em torno de 1 milhão e 125 mil votos para reelegê-los.

A aliança em torno de Veneziano Vital do Rêgo (PMDB e PT) tem oito deputados estaduais. A reeleição exigiria algo em torno de 600 mil votos. Os dados foram contabilizados pela jornalista Lena Guimarães e publicados em sua coluna política diária, no jornal Correio da Paraíba, edição do último domingo.

Pelo que se percebe, até o momento a coligação mais atrativa é a do ‘Cabeludo’, que terá, também, o maior tempo de guia a oferecer aos seus candidatos na proporcional.

Emanoel Tadeu, especial para o Blog Carlos Magno, com coluna de Lena Guimarães