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16/06/2014

Ao celebrar a Santíssima Trindade na Catedral de Campina, Pe Luciano fala da “harmonia perfeita” das três pessoas de Deus


Uma semana depois da celebração de Pentecostes, o Padre Luciano Gudes, da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande, destacou a importância da Santíssima Trindade na vida das pessoas, durante celebração ocorrida neste domingo (15). Citando o Catecismo da Igreja Católica, ele disse que a Santíssima Trindade traz as três pessoas de Deus em “harmonia perfeita”.

Pe Luciano iniciou a homilia falando da Primeira Leitura da liturgia do domingo, que mostra o testemunho de Moisés pedindo perdão e clemência a Deus, em nome do seu povo. Depois, comentou a Segunda Leitura, na qual São Paulo fala dos Coríntios: ‘saudai-vos uns dos outros com o beijo santo’. “Esse gesto do cumprimento, que fazemos na missa, vem de muito longe. Os cristãos já se cumprimentavam assim, mas São Paulo via que na comunidade de Corinto a trindade não estava solidificada”.

Padre Luciano Gudes, pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande

Padre Luciano Gudes, pároco da Catedral de N. Sra. da Conceição, em Campina Grande

Sobre a Santíssima Trindade, o pároco lembrou que o Catecismo da Igreja Católica ensina sobre as três pessoas de Deus: “o Pai, que cria todas as coisas; o Filho, que salva; e o Espírito, que santifica as coisas e nos leva à comunhão com Deus. São três pessoas, cada uma com sua propriedade, com sua missão específica. No entanto, são três pessoas com a mesma natureza”, disse Padre Luciano.

Segundo ele, o Catecismo fala assim para dizer que Deus é uma família, três pessoas que se comunicam de forma perfeita. “Somente em Deus é que existe essa harmonia perfeita, para compreendermos a intimidade que há entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus é uno e trino. Nós como cristãos temos a nossa fé. O cristão deve ter a sua identidade de fé, uma identidade segura”.

Cristãos na comunicação - Porém, Pe Luciano afirmou que a nossa identidade não deve ser para o fechamento, mas para o diálogo, para deixar evidente aquilo que somos. “Somos cristãos, não somos agnósticos. Nós somos diferentes, cada um na singularidade própria, alguém que deve buscar a comunicação com os outros. Mas a nossa comunicação não é perfeita como a comunicação do Pai, do Filho e do Espírito”.

Segundo ele, a Trindade Santa é o centro da nossa fé. “Deus não e solitário. Ele é comunidade e amor. Por isso, nós também devemos fazer o encontro pessoal com Jesus e o encontro pessoal nosso, na comunidade. Deus não é solidão, é encontro. A Santíssima Trindade é a nossa origem e será também o nosso ponto final”.

O padre finalizou a homilia rogando para que a igreja viva o mistério da Santíssima Trindade. “Vamos começar esta semana com este desejo, de ser estes pobres filhos de Deus, desejosos de viver entre nós a experiência da unidade, da reciprocidade, do bom tratamento, da abertura, da comunicação. Deus se revela em três pessoas para que nós possamos viver em comunidade, a vida em família, a vida comunitária”.

E sentenciou: “Quando uma pessoa deixa de viver em comunidade deixa de viver o seu batismo, a sua fé”.

Do Blog Carlos Magno, com Pascom Catedral