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16/06/2014

Mais um artigo do professor Jônatas Frazão: "A cegueira do Vidente Cego"


Causou grande repercussão na mídia, semana passada, artigo do ex-deputado Gilvan Freire, no qual tenta sepultar de vez a pré-candidatura do peemedebista Veneziano Vital do Rêgo ao Governo do Estado. Gilvan tentou, através de jogos de palavras e argumentos calcados em sua própria opinião, mostrar à Paraíba que a candidatura de Veneziano estava descartada.

Vi com tristeza o que escreveu Gilvan, que se autodenomina ‘Vidente Cego’ nas redes sociais. E, só após ler o seu artigo, é que pude realmente entender o porquê do codinome. Realmente, Gilvan apresentou uma cegueira incrível. Talvez por isso tenha obido tantos insucessos na política nas suas últimas tentativas. Inclusive uma, frustradíssima, de ser Governador da Paraíba.

Gilvan viveu um tempo da política que não existe mais. Suas teses são ultrapassadas e não cabem mais na realidade atual. É por continuar pensando assim que seus espaços tem sido diminuídos. Inclusive suas análises, que só encontram guarida, ainda, na compreensão de José Maranhão, único político em atividade que ainda lhe dá ouvidos.

Jônatas Frazão fala sobre Gilvan Freire e Veneziano Vital

Jônatas Frazão fala sobre Gilvan Freire e Veneziano Vital

Dizer que só José Maranhão acredita na candidatura de Veneziano é, primeiro, de um desconhecimento jornalístico. Na última reunião do PMDB, ocorrida na residência de José Maranhão, todos – eu disse TODOS os deputados estaduais e federais presentes ratificaram a candidatura própria do partido, na pessoa de Veneziano.

Gilvan peca na ironia ao dizer que a administração de Veneziano em Campina Grande deveria ser o melhor espelho de sua candidatura. E será. É isso o que Veneziano tem dito. Afinal, quem construiu uma Vila Olímpica de R$ 6,5 milhões com recursos próprios, após décadas em que Campina não sabia o que era uma obra com recursos do próprio tesouro municipal, mostrou bem como se cuida de recursos públicos.

Além do mais, Veneziano tem no irmão, Vitalzinho, um grande articulador, em Brasília. Prova disso é que ao final dos oito anos de mandato de Veneziano na Prefeitura de Campina Grande, Vitalzinho atingiu a cifra de R$ 360 milhões conseguidos para a cidade, dos quais, R$ 80 milhões foram investidos na pavimentação de 620 ruas – em 22 anos o grupo Cunha lima pavimentou, apenas, 226 ruas, inclusive com os mais de R$ 100 milhões da venda da Celb. E, com os cerca de 52% do tempo de guia de rádio e televisão que Veneziano terá com a aliança PMDB-PT, vai ser batata!

Dizer que o povo de Campina se mostrou desapontado com o governo de Veneziano é desconhecer também as últimas pesquisas feitas na cidade, avaliando a sua gestão: 68% de aprovação e 55% de ótimo e bom (Ibope, 22/10/2012) e 50% de ótimo e bom (Ipespe, 28/10/2012).

O que resta, neste momento, é saber a quem ou a que interesses advoga Gilvan. O que é uma lástima. Emprestar seu nome a interesses inconfessáveis talvez não seja o melhor para tentar ter uma imagem positiva no cenário político de quem, em vida (política) não conseguiu se destacar. Afinal, as visões do ‘Vidente Cego’ não serviram para si próprio. Se não, não seria esta ‘pena’ desacreditada que é hoje. Lamentável para quem, um dia, foi nosso representante e hoje não consegue um lugar ao sol na política.

Jônatas Frazão, professor aposentado da UFPB, especial para o Blog Carlos Magno