Causou grande repercussão na mídia, semana passada, artigo
do ex-deputado Gilvan Freire, no qual tenta sepultar de vez a pré-candidatura
do peemedebista Veneziano Vital do Rêgo ao Governo do Estado. Gilvan tentou,
através de jogos de palavras e argumentos calcados em sua própria opinião,
mostrar à Paraíba que a candidatura de Veneziano estava descartada.
Vi com tristeza o que escreveu Gilvan, que se autodenomina ‘Vidente
Cego’ nas redes sociais. E, só após ler o seu artigo, é que pude realmente
entender o porquê do codinome. Realmente, Gilvan apresentou uma cegueira
incrível. Talvez por isso tenha obido tantos insucessos na política nas suas
últimas tentativas. Inclusive uma, frustradíssima, de ser Governador da
Paraíba.
Gilvan viveu um tempo da política que não existe mais. Suas teses
são ultrapassadas e não cabem mais na realidade atual. É por continuar pensando
assim que seus espaços tem sido diminuídos. Inclusive suas análises, que só encontram
guarida, ainda, na compreensão de José Maranhão, único político em atividade
que ainda lhe dá ouvidos.
Jônatas Frazão fala sobre Gilvan Freire e Veneziano Vital
Dizer que só José Maranhão acredita na candidatura de
Veneziano é, primeiro, de um desconhecimento jornalístico. Na última reunião do
PMDB, ocorrida na residência de José Maranhão, todos – eu disse TODOS os
deputados estaduais e federais presentes ratificaram a candidatura própria do partido,
na pessoa de Veneziano.
Gilvan peca na ironia ao dizer que a administração de
Veneziano em Campina Grande deveria ser o melhor espelho de sua candidatura. E
será. É isso o que Veneziano tem dito. Afinal, quem construiu uma Vila Olímpica
de R$ 6,5 milhões com recursos próprios, após décadas em que Campina não sabia
o que era uma obra com recursos do próprio tesouro municipal, mostrou bem como
se cuida de recursos públicos.
Além do mais, Veneziano tem no irmão, Vitalzinho, um grande
articulador, em Brasília. Prova disso é que ao final dos oito anos de mandato
de Veneziano na Prefeitura de Campina Grande, Vitalzinho atingiu a cifra de R$
360 milhões conseguidos para a cidade, dos quais, R$ 80 milhões foram
investidos na pavimentação de 620 ruas – em 22 anos o grupo Cunha lima pavimentou,
apenas, 226 ruas, inclusive com os mais de R$ 100 milhões da venda da Celb. E,
com os cerca de 52% do tempo de guia de rádio e televisão que Veneziano terá
com a aliança PMDB-PT, vai ser batata!
Dizer que o povo de Campina se mostrou desapontado com o
governo de Veneziano é desconhecer também as últimas pesquisas feitas na cidade,
avaliando a sua gestão: 68% de aprovação e 55% de ótimo e bom (Ibope,
22/10/2012) e 50% de ótimo e bom (Ipespe, 28/10/2012).
O que resta, neste momento, é saber a quem ou a que
interesses advoga Gilvan. O que é uma lástima. Emprestar seu nome a interesses
inconfessáveis talvez não seja o melhor para tentar ter uma imagem positiva no
cenário político de quem, em vida (política) não conseguiu se destacar. Afinal,
as visões do ‘Vidente Cego’ não serviram para si próprio. Se não, não seria
esta ‘pena’ desacreditada que é hoje. Lamentável para quem, um dia, foi nosso
representante e hoje não consegue um lugar ao sol na política.
Jônatas Frazão, professor aposentado da UFPB, especial para o Blog Carlos Magno