Pai Nosso que estás no céu, santificado seja o Teu nome.
Criador de todas as coisas, que estás em todos os céus deste infinito cósmico,
das mais ínfimas moléculas às mais distantes galáxias. Venha a nós os Teus
reinos, tão sublimes quanto a Tua imagem, que criastes indistintamente para
todos os seres que vivem nesse Universo.
Assim sendo, que a Tua vontade seja soberana sobre eles, em todos
os lugares, em todos os sentidos. E que compreendamos, com a sábia resignação, calcados
na fé raciocinada, no conhecimento e amplitude de observação, os mais variados desígnios
da evolução dos mundos e tudo o que nos possa acontecer sob as perfeitas leis que
regem o Cosmo.
Que o pão nosso de cada dia e toda a variedade de alimentos
que a Terra nos produz gratuitamente, com a riqueza da incessante e abençoada
fertilidade, nos cheguem envoltos em aura de serena gratidão.
E porquanto, cultivemos o compromisso de proteger a Natureza
e os recursos sagrados que a mantêm rica e produtiva, sobretudo entendendo que
todos, indiscriminadamente, têm o mesmo direito de usufruí-la e desfrutá-la.
Perdoai as nossas dívidas e ofensas, na exata medida com que
perdoarmos os nossos devedores e quem venha a nos ofender. Compreendendo que
tudo acontece sob a “Lei de Causa e Efeito”, que a cada ação corresponde uma
reação, e que com o mesmo rigor que julgarmos e acusarmos o próximo, seremos
julgados e acusados.
Não há conduta moral ou religiosa mais perfeita do que fazer
aos outros aquilo que queremos que nos façam. Sobretudo, cientes de que nenhum
ser, encarnado ou desencarnado neste Universo é superior a outro. Que todos
nós, humanos, estamos exatamente no estágio evolutivo que galgamos até hoje,
através das experiências, das condições em que nascemos, vivemos e fomos
criados, sob as consequências do que a própria humanidade construiu ao se organizar
na Terra.
Não nos deixei cair em tentação, para não sofrermos as
consequências de atos impensados, arrependendo-nos com os martírios do remorso.
E que estejamos vigilantes para com o mal, dentro e fora de nós, aprendendo a
orar este Pai Nosso que nos ensinou o Teu filho mais puro, e, sobretudo a
praticá-lo lembrando de que “os seus discípulos se conhecerão por muito se
amarem”.
Germano Romero, arquiteto e bacharel em Música, especial
para o Blog Carlos Magno