O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) voltou a atacar os
militares nas redes sociais neste domingo (9.jun.2019). Em uma publicação em
que defende a aprovação do PLN 4/2019 –que libera R$ 248,9 bilhões em créditos
suplementares ao governo de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro –, Carlos
questiona onde “estão os ‘super generais’”.
“Aonde (sic) estão os super generais para defender o
presidente diante de mais 1 ataque, desta vez na votação do PLN4 no Congresso?
Fazer cartinha atacando quem sempre nos ajudou são rápidos e nos caçam até
hoje! Sempre só resta a boa vontade do brasileiro para ajudar o país”, escreveu
em sua conta no Twitter.
O filho de Bolsonaro ainda questionou o fato de boa parte
dos militares não usar redes sociais: “Atualmente isso é tão básico. Não há
desculpas! O que há ao meu ver tem outro nome!”.
Na semana passada, Carlos havia alfinetado o
vice-presidente, General Hamilton Mourão, que ocupava a Presidência de forma
interina, em razão da viagem de Bolsonaro à Argentina. “Saudades do Presidente
que é pró-armamento da população e contra aborto. Volte logo Presidente de
verdade!”, disparou.
Não foi a primeira crítica do vereador a Mourão. Após uma
sequência de publicações, o próprio presidente chegou a se manifestar, dizendo
querer colocar “1 ponto final” na discussão.
Esforço pela
aprovação
Ministros como Sergio Moro (Justiça) e Tereza Cristina
(Agricultura) e o próprio presidente recorreram ao Twitter para defender a
aprovação do projeto. No sábado (8.jun), Bolsonaro disse que, sem o PLN 4, o
governo pode suspender o pagamento de benefícios a partir do próximo dia 25. Já
neste domingo (9.jun), o chefe do Executivo federal disparou contra a oposição,
afirmando que ela trabalha para inviabilizar recursos para o Bolsa Família.
Entenda
O governo pede 1 crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões.
Pela chamada “regra de ouro”, o Executivo não pode fazer dívidas para pagar
despesas correntes, como salários de servidores. Por isso, precisa de
autorização do Congresso Nacional. A liberação do crédito precisa ser aprovada
pelo Congresso até 15 de junho.
No entanto, o texto ainda deve ser analisado pela CMO
(Comissão Mista do Orçamento). Está na pauta deliberativa da próxima 3ª feira
(11.jun.2019). Caso seja aprovado no colegiado, segue para o plenário.
A votação aconteceria na última 4ª feira (5.jun), mas acabou
adiada por falta de acordo na CMO (Comissão Mista de Orçamento). Apesar do
pedido de Bolsonaro, o governo já estuda 1 plano B para conseguir o valor.
Seria através de outros 2 projetos que autorizam liberação de recursos, que
estão sob relatoria do deputado Filipe Barros (PSL-PR) – Poder 360.
Carlos Magno
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