Após novas denúncias feitas por profissionais da Saúde em
Campina Grande, repercutindo a precária situação dos equipamentos de Saúde de responsabilidade
da Prefeitura, o Senador Veneziano Vital (PSB-PB) voltou a lamentar a atual
situação da Saúde municipal, e reafirmou que os problemas vêm perdurando desde
o ano de 2013. Veneziano destacou que são inúmeros os absurdos cometidos contra
a saúde dos campinenses, principalmente aqueles mais carentes.
“A falta de medicamentos não é de hoje. Os agentes do Samu
paralisaram recentemente, os anestesistas fizeram sua paralisação há pouco mais
de dez dias, o Hospital da Criança e do Adolescente não recebe mais ninguém em
níveis desejáveis. O prefeito há dois anos anunciava que os recursos advindos
da privatização do São João seriam destinados à construção de um novo Hospital
da Criança e até agora nada. Ninguém sabe para onde foi o dinheiro e o que vimos
foram episódios envolvendo a Aliança, com os empresários presos”, disse
Veneziano.
O parlamentar destacou também que vem recebendo de pacientes
e profissionais que atuam na área da saúde municipal denúncias de que a UPA da
Dinamérica e a UPA do Alto Branco não estão realizando exames de raio x e que
faltam medicamentos, além de que os usuários estão sendo orientados a procurar
o Hospital de Trauma de Campina.
Outra grave denúncia é de que no Hospital Pedro I está
havendo restrição para internação, inclusive na UTI, por falta de insumos, além
de aparelhos de raio x e tomografia sem funcionar devido a estarem quebrados há
três anos.
O parlamentar diz que muitos campinenses vêm relatando falta
de medicamentos nos postos de saúde da cidade, bem como o fechamento de muitas
unidades, sob a alegação do prefeito de redução de gastos. Ele lembra que, há
poucos dias, profissionais da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP)
denunciaram que a Secretaria de Saúde de Campina Grande teria fraudado mais de
120 códigos de Autorizações de Internações Hospitalares (AIH) com o objetivo de
reduzir os valores pagos por procedimentos médicos realizados no hospital.
O descaso com a saúde municipal prossegue, segundo o
parlamentar, com deficiências no funcionamento do Hospital da Criança e do
Adolescente, que teria só três leitos na UTI, além da falta de médicos e
materiais e insumos; O Samu é, segundo ele, outra área com deficiência, com
profissionais sem receber seus vencimentos há quatro meses, além de falta de
manutenção nas ambulâncias.
Outra denúncia grave é de que há seis meses os serviços
terceirizados não são pagos, como clínicas de imagem, entre outras; além da
constatação do crescimento de mortes de crianças e mães no ISEA por falta de
atendimento adequado, dentre outros descasos que vem ocorrendo na saúde
municipal da cidade – Assessoria.
Carlos Magno
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