A Paraíba teve 133 assassinatos a menos e uma redução de
21,8% no número de crimes contra a vida de janeiro a junho deste ano. Esse foi
o resultado do trabalho realizado pela Secretaria de Estado da Segurança e da
Defesa Social (Sesds) e seus órgãos operativos – Polícia Militar, Polícia Civil
e Corpo de Bombeiros Militar, nos primeiros seis meses de 2019. Com esses
números, o Estado continua a ser o único do Brasil a reduzir homicídios durante
sete anos consecutivos e ainda neste 1º semestre.
De acordo com o Núcleo de Análise Criminal e Estatística
(Nace) da pasta, a queda acumulada de Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLI), que são os homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que
resulte em morte, chega a 43% desde o início do Programa Paraíba Unida pela
Paz, em 2011, considerando os primeiros semestres. Naquele ano, foram
registrados 843 homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte,
no período de janeiro a junho.
Dessa forma, segundo as estatísticas, a projeção é que em
2019 a Paraíba consiga atingir o menor número de mortes por assassinato já
registrado nos últimos 12 anos, alcançando 967 CVLI. Em termos de taxa, o
Estado sairia de 44,3 mortes por 100 mil habitantes em 2011, para finalizar
este ano com 24,3 assassinatos por 100 mil habitantes. João Pessoa cairia de 81
para 24,3 mortes por 100 mil habitantes e Campina Grande de 45,4 para 15,4
assassinatos por 100 mil habitantes.
A redução de crimes contra a vida também se verifica nos
assassinatos de mulheres na Paraíba e feminicídios. De janeiro a junho, foram
contabilizadas 34 vítimas do sexo feminino, sendo 17 feminicídios. Em 2018, o
total do semestre foi de 49, com 22 casos de feminicídio, representando quedas
de 31% e 23%, respectivamente.
Ainda de acordo com relatório do Núcleo, das 22 Áreas
Integradas de Segurança Pública (Aisp), referentes à divisão territorial
estabelecida na Lei Complementar 111/2012 na Paraíba, 17 tiveram redução de
crimes contra a vida: 5ª Aisp, em Santa Rita (-33 casos); 2ª Aisp, zona sul de
João Pessoa (-19 casos); 10ª Aisp, zona leste de Campina Grande (-18 casos);
22ª Aisp, zona oeste de Campina Grande (-17 casos); 11ª Aisp, em Queimadas (-15
casos); 14ª Aisp, em Monteiro (-10 casos); 21ª Aisp, de Solânea (-9 casos); 13ª
Aisp, em Picuí (-9 casos); 4ª Aisp, em Bayeux (-6 casos); 6ª Aisp, em Alhandra
(-5 casos); 8ª Aisp, em Guarabira (-4 casos); 3ª Aisp, de Cabedelo (-4 casos);
19ª Aisp, em Sousa (-4 casos), 15ª Aisp, de Patos (-4 casos); 20ª Aisp, em
Cajazeiras (-3 casos); 12ª Aisp, em Esperança (-3 casos); 7ª Aisp, de
Mamanguape (-2 casos). Todas as áreas que alcançaram redução fazem jus a um
prêmio, intitulado Paraíba Unida pela Paz, que neste semestre vai beneficiar
12.405 agentes de segurança pública, totalizando um investimento de
aproximadamente R$ 12,5 milhões.
Redução de ataques a banco – No 1º semestre de 2019, a
Paraíba teve uma redução de 60% no número de Crimes contra Instituições
Bancárias (Ciban). Foram 19 casos este ano (oito por arrombamento, dois de
roubo e nove de explosões), ocorridos em 13 municípios paraibanos, contra 47 no
mesmo período de 2018. Ainda foi registrada uma redução de 78% nas explosões
bancárias, comparando janeiro a junho.
Queda de roubos em João Pessoa e Campina Grande – As duas
maiores cidades da Paraíba tiveram queda nos registros de crimes contra o
patrimônio de janeiro a junho deste ano. Na Capital, foram 36% a menos de
registros: roubos a pessoas (-38%), roubos a estabelecimentos comerciais (-7%),
roubos a residência (-3%), roubos em transportes coletivos (-47). Em Campinha
Grande a redução foi de 26%, sendo -20% de roubos a pessoa, -42% de roubos a
estabelecimentos comerciais, -19% de crimes patrimoniais em residências e -34%
de roubos em transportes coletivos. A cidade também registrou menos ocorrências
de roubos e furtos de veículos, com -28% de casos. Em relação ao total de
veículos roubados ou furtados em território paraibano, o trabalho das forças de
segurança conseguiu recuperar 1.326 desses bens (57%), que foram devolvidos aos
seus proprietários.
Prisões e operações de interesse estratégico – De janeiro e
junho deste ano, um total de mais de 9,4 mil prisões efetuadas na Paraíba pelas
Polícias Civil e Militar. Dessas, 1.709 foram consideradas de interesse
estratégico, pois retiraram de circulação pessoas apontadas como responsáveis
pela autoria de crimes contra a vida (248), patrimoniais (592), contra
instituições bancárias (26), roubos e furtos de veículos (182) e ainda com
mandado de prisão em aberto (558).
Foram 2.624 operações de segurança e interesse estratégico
realizadas no Estado no 1º semestre do ano. Entre as ações de destaque estão as
operações Carnaval, Nômade, Cidade Segura, Semana Santa, Tiradentes, Dia das
Mães, São João, Saturação e Impacto, além de Cavalo de Troia, Magazine III, Continental,
Marquesa, Tráfico, Família do Crime, Malhas da Lei, Clone e Santo Antônio, com
a característica da repressão qualificada.
Durante essas e outras ações, 1.954 armas de fogo foram
apreendidas em cidades paraibanas, o que representa um aumento de 54% na
retirada de circulação de revólveres (614), pistolas (150), espingardas (861) e
outros armamentos (614). A média foi de 10,9 armas apreendidas por dia. No
mesmo período de 2018, 1.270 armas foram apreendidas. Já o total de drogas
retiradas das ruas foi de 288,3 quilos.
Resgates e socorros – O Corpo de Bombeiros Militar também
desempenhou um papel de destaque na preservação da vida na Paraíba. No 1º
semestre deste ano, foram realizados 1.642 resgates de acidentes de trânsito
nos 223 municípios. Em relação aos socorros vítimas de tentativa de homicídios,
foram contabilizados 61 no mesmo período, sendo que 57% deles aconteceram na 1ª
Região Integrada de Segurança Pública, que abrange a área metropolitana de João
Pessoa, além dos litorais sul e norte – Secom-PB.
Carlos Magno
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