....
....
23/07/2019

Relato de menina de 5 anos que pediu para morrer após ser estuprada pelo primo emociona: “Quero ir morar no céu com Deus”


"Estou cansada dessa vida e quero ir morar no céu com Deus". Esse foi o desabafo feito pela menina de cinco anos violentada sexualmente pelo primo, de 32, em Cubatão (SP). Uma comerciante, de 27 anos, relatou ao G1 que dias após ser vítima de estupro, a filha começou a cortar o próprio cabelo e não queria mais utilizar vestimentas femininas.

 

De acordo com a mãe da criança, o crime já vinha acontecendo há cerca de cinco meses. Em uma das vezes, o ataque ocorreu na casa em que a comerciante mora com a filha, no bairro Vila Esperança. O agressor é primo da mulher e vizinho da família. A suspeita é de que o abuso tenha acontecido quando a comerciante foi pagar uma conta e deixou a criança com o suspeito.



 

A menina agora passa por acompanhamento psicológico para tentar se recuperar do trauma, conforme relata a comerciante. "Quando ela me falou que queria morrer foi muito difícil. Fiquei muito mal, não sabia como reagir e por onde começar. Eu nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isso, era como um irmão. Ela era ameaçada de morte para não contar. Quero justiça", desabafa a mãe.

 

Abuso

 

Conforme registrado no boletim de ocorrência, o próprio pai do suspeito relatou que acredita que ele tenha cometido o crime. Ele afirmou que o filho já havia violentado sexualmente uma menina de oito anos, neta da madrasta.

 

De acordo com a psicóloga Márcia Atik, em casos de abuso sexual a vítima sempre apresenta mudanças radicais comportamentais. "Qualquer mudança de comportamento de uma criança deve ser investigada, porque é um indicativo de agressão", diz.

 

A especialista ainda acrescenta que, em casos como esse, é comum que a criança desenvolva novos medos. "Pode também acontecer da vítima voltar a fazer xixi na cama, por se tratar de um processo de regressão", explica.

 

Relembre o caso

 

A comerciante havia deixado a filha brincando no quintal de casa, acompanhada pela prima, enquanto saia para pagar uma conta. Ao retornar, a mãe afirma que achou estranho encontrar o imóvel com as janelas e a porta da frente fechadas e a filha deitada e enrolada em um lençol.

 

Dias depois, a criança teve sangramento nas partes íntimas e contou para a mãe que o primo havia pedido que ela tirasse a roupa, estuprando-a em seguida. A menina tentou evitar as agressões ao se enrolar em um lençol, mas ainda assim foi violentada pelo familiar.

 

Após a criança relatar o crime sexual, a mãe questionou o agressor a respeito das acusações. Ele negou e afirmou que havia ido a Minas Gerais trabalhar. Dias depois, o primo chegou a entrar em contato com a comerciante através de mensagens de textos. Em um dos registros, o suspeito pede que as queixas sejam retiradas e oferece uma casa e um terreno em troca.

 

O homem ainda não foi preso e a mãe também reclama na demora para resolução do caso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Cubatão. O trabalho de investigação está em andamento e segue em sigilo policial – G1.

 

Carlos Magno

 

VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas