A causa da morte da estudante Susy Nogueira, de 21 anos, que
foi estuprada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Goiânia, foi embolia
pulmonar, segundo relatório do Instituto Médico-Legal de Goiânia divulgado nesta
quarta-feira (24). A partir de agora, a perícia vai apurar o que levou ao
problema respiratório.
“Entramos na segunda etapa da investigação. Vamos analisar
vídeos e prontuários para ver se as condutas foram adequadas dentro das normas
técnicas. Se não estiverem, vamos analisar e ver se as condutas concorreram
para a morte dela”, explicou ao G1 o médico-legista Marcellus Arantes, gerente
do IML de Goiânia.
A empresa responsável pela UTI do Hospital Goiânia Leste
informou, em nota, que, "em respeito aos familiares e à memória da
paciente, não comentará o resultado dos exames realizados pelo IML, pois não
teve acesso ao laudo". A equipe afirmou também que continua à disposição
das autoridades.
Advogado da família da jovem, Darlan Alves Ferreira afirma
que o legista contratado pela família para fazer o laudo apontou que um erro
médico causou a embolia. De qualquer forma, ele espera a análise do IML.
“A embolia foi causada porque o médico perfurou a traqueia
dela, houve sangramento, o sangue foi para o pulmão e houve a embolia”, disse
ao G1.
Marcellus explicou que as vísceras de Susy foram enviadas
para o IML separadas do corpo. Por isto, após constatar a embolia, a equipe
precisou fazer uma nova checagem antes de divulgar o laudo. "Fizemos
averiguações em relação às vísceras para comprar se as vísceras enviadas
realmente pertenciam à Susy", explicou.
A nova análise deve durar 45 dias. "São horas de vídeos,
montanhas de papel e apenas uma médica vai analisar porque ela tem conhecimento
do caso", disse.
Estupro na UTI
O delegado Washington da Conceição, do 9º Distrito Policial,
no Leste Universitário, é o responsável por investigar a morte de Susy. Antes
de iniciar esta investigação, a equipe da Delegacia Especializada no
Atendimento à Mulher apurou a denúncia de estupro.
Conforme a polícia, a paciente foi abusada sexualmente por
um técnico em enfermagem na primeira noite que passou no Hospital Goiânia
Leste, na madrugada de 17 de maio. As investigações apontaram que as imagens de
câmeras de monitoramento mostram o crime.
Indiciado e denunciado pelo estupro de Susy, o técnico de
enfermagem Ildson Custódio Bastos se entregou à Polícia Civil e segue preso até
esta quarta-feira. Ele já responde a processo na Justiça e nega ter cometido o
crime – G1.
Carlos Magno
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