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25/07/2019

Jovem estuprada em UTI morreu por embolia pulmonar, aponta laudo do IML. Funcionário, que negou ter abusado da paciente, está preso


A causa da morte da estudante Susy Nogueira, de 21 anos, que foi estuprada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Goiânia, foi embolia pulmonar, segundo relatório do Instituto Médico-Legal de Goiânia divulgado nesta quarta-feira (24). A partir de agora, a perícia vai apurar o que levou ao problema respiratório.

 

“Entramos na segunda etapa da investigação. Vamos analisar vídeos e prontuários para ver se as condutas foram adequadas dentro das normas técnicas. Se não estiverem, vamos analisar e ver se as condutas concorreram para a morte dela”, explicou ao G1 o médico-legista Marcellus Arantes, gerente do IML de Goiânia.



 

A empresa responsável pela UTI do Hospital Goiânia Leste informou, em nota, que, "em respeito aos familiares e à memória da paciente, não comentará o resultado dos exames realizados pelo IML, pois não teve acesso ao laudo". A equipe afirmou também que continua à disposição das autoridades.

 

Advogado da família da jovem, Darlan Alves Ferreira afirma que o legista contratado pela família para fazer o laudo apontou que um erro médico causou a embolia. De qualquer forma, ele espera a análise do IML.

 

“A embolia foi causada porque o médico perfurou a traqueia dela, houve sangramento, o sangue foi para o pulmão e houve a embolia”, disse ao G1.

 

Marcellus explicou que as vísceras de Susy foram enviadas para o IML separadas do corpo. Por isto, após constatar a embolia, a equipe precisou fazer uma nova checagem antes de divulgar o laudo. "Fizemos averiguações em relação às vísceras para comprar se as vísceras enviadas realmente pertenciam à Susy", explicou.

 

A nova análise deve durar 45 dias. "São horas de vídeos, montanhas de papel e apenas uma médica vai analisar porque ela tem conhecimento do caso", disse.

 

Estupro na UTI

 

O delegado Washington da Conceição, do 9º Distrito Policial, no Leste Universitário, é o responsável por investigar a morte de Susy. Antes de iniciar esta investigação, a equipe da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher apurou a denúncia de estupro.

 

Conforme a polícia, a paciente foi abusada sexualmente por um técnico em enfermagem na primeira noite que passou no Hospital Goiânia Leste, na madrugada de 17 de maio. As investigações apontaram que as imagens de câmeras de monitoramento mostram o crime.

 

Indiciado e denunciado pelo estupro de Susy, o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos se entregou à Polícia Civil e segue preso até esta quarta-feira. Ele já responde a processo na Justiça e nega ter cometido o crime – G1.

 

Carlos Magno

 

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