A Polícia Civil de São Paulo investiga se a modelo Najila
Trindade Mendes de Souza cometeu falsa comunicação de crime ou denunciação
caluniosa contra o jogador Neymar.
Na segunda-feira (29), a delegada Juliana Lopes Bussacos,
titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), concluiu o inquérito que
investigava suposta agressão e estupro por parte do jogador sem indiciá-lo.
Agora, o Ministério Público tem 15 dias para se manifestar.
O diretor do Departamento Polícia Judiciária (Decap), Albano
de Paula Santos, disse nesta terça (30) que “todo mundo que movimenta o estado,
a polícia, por uma inverdade pode ser punido, e existe esta investigação, sim”.
Procurado pelo G1, o advogado Cosme Araújo, que defende
Najila, disse que aguarda ter acesso ao relatório do inquérito para se
pronunciar.
A investigação contra Neymar foi concluída pela delegada
Juliana antes mesmo de chegarem ao Brasil as imagens do hotel onde Najila e
Neymar se encontraram, em Paris, em 14 de maio.
“Ao longo do conjunto probatório, estas imagens não são
imprescindíveis para a conclusão do inquérito”, disse Juliana. “Não houve
indícios suficientes para indiciar Neymar” disse a delegada. “Ao longo da
investigação deliberei por ausência de elementos suficientes para tanto (para
indiciar Neymar)”, disse.
“O delegado de polícia não se convenceu de que aquele crime
ocorreu”, acrescentou o diretor do Decap.
Dois inquéritos
Agora, a Polícia Civil possui ainda dois inquéritos
investigando o caso.
Um deles foi aberto voluntariamente pelos delegados após
Najila noticiar que sumiu de sua casa um tablet que conteria o inteiro teor de
um vídeo que mostraria Neymar lhe agredindo. Este inquérito investiga também
“todos os outros equipamentos que foram subtraídos no curso do inquérito”,
disse a delegada responsável pelo caso, Monique Ferreira Lima, do 11º Distrito
Policial da capital.
Este inquérito, segundo o diretor do Decap, reunirá todos os
elementos em relação à denúncia de estupro feita por Najila no inquérito que
acaba de ser concluído.
Outro inquérito foi aberto por iniciativa de Neymar e do pai
dele, que peticionaram à investigação afirmando que houve denunciação caluniosa
e extorsão por parte de Najila. Nestes dois inquéritos em andamento será
apurado se outros crimes foram cometidos ao longo do caso – G1.
Carlos Magno
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