O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) defendeu, no
Plenário, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 118/2019, que
determina que somente poderão ser indicados para chefiar embaixadas “servidores
efetivos integrantes da carreira diplomática”. A posição de Veneziano foi
revelada durante indicação do diplomata Julio Glinternick Bitelli para exercer
o cargo de Embaixador do Brasil junto ao reino do Marrocos.
Ele justificou a sua decisão de subscrever a PEC, de autoria
do senador Álvaro Dias (Podemos-PR), e defendeu a aprovação da proposta. O
parlamentar paraibano afirmou que assinou a PEC por ser defensor de que “todos
aqueles que se dedicaram e se doaram, que ingressaram no Itamaraty, e que
muitas vezes são vistos com olhos enviesados, mas que têm a competência para
representar o País em outros países, possam ter esse reconhecimento”.
“Eu tive a oportunidade de votar favoravelmente, até
anunciando esse meu posicionamento, e torço muito para que a Presidência da
República reitere esse comportamento, essa decisão, de fazer prevalecer, de
fazer reconhecer as carreiras do Ministério das Relações Exteriores”,
argumentou.
Prevendo um provável debate sobre o tema, Veneziano revelou
que outros Senadores já manifestaram o mesmo posicionamento de valorização, a
todos aqueles que, ao longo desses últimos anos e dessas últimas décadas,
fizeram as suas carreiras dentro da chancelaria e merecem todo o respeito.
Contra indicação de
filho de Bolsonaro – Veneziano já havia se manifestado contrário à
indicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que quer colocar o seu filho no
cargo de Embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Ele disse ser contrário não
apenas a esta, mas a todas as indicações que não sejam feitas de pessoas
capacitadas para o cargo.
“Por esses motivos é que, além de votar favoravelmente,
haverei de manter esse meu posicionamento enquanto estivermos aqui a discutir
indicações. Só me posicionarei favoravelmente àqueles ou àquelas que, de fato,
cumprirem as carreiras previstas na diplomacia” afirmou.
Uma das mais antigas e fundamentais funções do Estado,
conforme destaca a PEC, é manter relações com os países estrangeiros,
posicionando-se no âmbito da sociedade internacional. Nesse sentido, o serviço
exterior deve se caracterizar, fundamentalmente, por ser uma carreira de
Estado, estando a mesma preservada, tanto quanto possível, de grandes guinadas
causadas pelas trocas de governo – Assessoria.
Veja vídeo com a fala de Veneziano em Plenário, CLIQUE AQUI.
Carlos Magno
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