O presidente do Parlamento polonês, o conservador Marek
Kuchcinski, anunciou sua renúncia nessa quinta-feira (8). Membro de um partido
que prega a luta contra a corrupção, ele deixa o cargo após ter usado aviões do
governo em viagens particulares, com sua família e amigos. O escândalo acontece
dois meses antes das eleições legislativas no país.
Kuchcinski, de 63 anos, é acusado pela oposição e por parte
da mídia de ter usado os helicópteros e aviões militares do país uma centena de
vezes entre março de 2018 e maio de 2019.
Segundo documentos divulgados recentemente, vários desses
voos, alguns beneficiando da proteção para deslocamentos prioritários, foram
realizados com amigos e membros de sua família, geralmente nos fins de semana.
Boa parte das viagens tinha com destino a região de Rzeszow, de onde o
presidente do Parlamento é originário.
No início da semana, Kuchcinski, que é o segundo membro mais
importante do governo de acordo com a Constituição da Polônia, se limitou a
pedir desculpas “aos que se sentiram ofendidos”. Mas nessa quinta-feira ele
apresentou sua demissão ao lado de Jaroslaw Kaczynski, chefe do partido PiS,
que dirige o governo do país.
“O presidente do Parlamento não violou nenhuma lei”,
insistiu Kaczynski. “Mas como vocês jornalistas e uma parte importante da
opinião pública não pensam da mesma maneira, posso dizer que a decisão do
presidente (do Parlamento) mostra sua atitude coerente com nosso slogan: ouvir
os poloneses e servir a Polônia”, completou o chefe do governo.
Kuchcinski confessou
que sua mulher viajou sozinha em avião militar
No entanto, Kuchcinski reconheceu que, em uma das ocasiões
denunciadas, sua mulher viajava sozinha. Ele chegou a anunciar que iria pagar o
equivalente a € 6.500, além de contribuir com organizações caritativas para
compensar os voos de membros de suas famílias. Mas seu gesto foi considerado
insuficiente.
A sigla de Kuchcinski, que afirma ter entre suas prioridades
a luta contra a corrupção e a influência comunista tolerada pelos governos
anteriores, teme que o caso afete as eleições legislativas previstas para 13 de
outubro. Vários escândalos financeiros já atingiram o PiS desde que assumiu o
poder, em 2015. Mas o partido, católico, conservador e nacionalista, mantém sua
popularidade e continua na liderança para o pleito – G1.
“Pergunta Idiota”
O presidente Jair Bolsonaro chamou de “idiota” uma pergunta
sobre o fato de seus familiares terem usado um helicóptero da Força Aérea
Brasileira (FAB) para ir ao casamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), no Rio de Janeiro, em maio passado. O questionamento foi feito por um
jornalista do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, Bolsonaro demonstrou “irritação”
ao ouvir a pergunta e encerrou a entrevista imediatamente. “Com licença, estou
numa solenidade militar, tem familiares meus aqui, eu prefiro vê-los do que
responder uma pergunta idiota para você”, disse o presidente.
O deputado federal, e filho do presidente, se casou no Rio
de Janeiro em maio deste ano. Na ocasião, alegando “razões de segurança”, o
governo autorizou que um helicóptero da FAB fosse usado para transportar
familiares convidados para o evento. A revelação foi feita no final desta
semana pelo site de notícias G1.
O passeio foi registrado em vídeo e divulgado nas redes
sociais por Osvaldo Bolsonaro Campos, sobrinho do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o G1, após um questionamento da reportagem ao Gabinete de Segurança
Institucional e também à FAB, o vídeo foi apagado. Nas imagens, descreveu a
publicação, todos estavam usando roupas de festa.
O trajeto era de cerca de 35 quilômetros e poderia ter sido
feito em 35 minutos de carro. De helicóptero, foram 14 minutos de voo. Nos
vídeos, também aparecem as irmãs de Bolsonaro e o deputado federal Hélio Lopes
(PSL-RJ), que é amigo pessoal do presidente – Exame.
Carlos Magno
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