O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta
sexta-feira, 9, que, se for aceita sua indicação à Embaixada do Brasil em
Washington, será o embaixador "mais cobrado do mundo". O parlamentar
esteve em reuniões hoje no Itamaraty e no Senado para tratar de sua nomeação.
Depois de se reunir com o chanceler Ernesto Araújo nesta manhã, o filho do
presidente conversou à tarde com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), provável
relator de sua indicação no Senado.
"Independente da resposta que vier, sendo positiva ou
negativa, eu vou aceitar. Caso positiva, irei para os Estados Unidos sabendo da
responsabilidade. Sabendo que eu serei, provavelmente, o embaixador mais
cobrado do mundo", afirmou o filho do presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar afirmou que a visita a senadores é uma
"praxe" e um "rito" de indicados a postos diplomáticos do
País no exterior e que espera "quebrar o gelo" com os parlamentares
que ainda não o conhecem.
"Vamos abrir um canal de comunicação, dialogar com
alguns senadores como estou fazendo aqui agora com o senador Chico Rodrigues e
tentar quebrar o gelo para com aqueles que ainda me conhecem pouco",
afirmou o deputado.
Na manhã desta sexta-feira, o presidente Bolsonaro afirmou
que deve enviar o nome de Eduardo ao Congresso no início da semana que vem.
"Pode ser segunda, terça", disse à imprensa.
Eduardo Bolsonaro esteve pela manhã com o ministro das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em uma reunião privada no Itamaraty.
Nenhum dos dois falou com a imprensa. O filho do presidente afirmou que o
agrément confirma o gesto de "apoio e a confiança já expressos" pelo
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em nota, o parlamentar falou que o "sinal verde"
do governo americano para que ele assuma o cargo de embaixador é "motivo
de o orgulho". Na quinta-feira, o governo americano concedeu o agrément
para que Eduardo assuma a embaixada brasileira em Washington.
A indicação de Eduardo Bolsonaro ainda precisa passar pelo
Senado. O parlamentar tem que ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores
e depois ter seu nome submetido ao Plenário da Casa. Independentemente da
aprovação ou rejeição na comissão, o plenário pode aprovar ou rejeitar a
indicação – Estadão.
Carlos Magno
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