Em decorrência do aumento do número de casos de Sarampo no
território brasileiro, a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) começou
a emitir boletim epidemiológico, contendo o monitoramento da doença no Estado.
O objetivo é conscientizar a população para a prevenção da doença por meio da
imunização.
Na Paraíba, até a 34ª Semana Epidemiológica, terminada em 24
de agosto, foram notificados 50 casos suspeitos de sarampo em 17 dos 223
municípios. Desse total, 11 casos tiveram uma primeira amostra reagente e/ou
indeterminada (S1) pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB) e foram
enviadas ao Laboratório da Fiocruz para realização de outros exames e
retestagem; 24 casos foram descartados e 15 seguem em investigação.
O Sarampo é uma doença infecciosa, transmissível e
extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos,
particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. De acordo
com a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, uma das
estratégias adotadas pelo Ministério de Saúde (MS) é a intensificação das
vacinas de rotina, conforme Calendário Nacional de Vacinação, sendo duas doses
a partir de 12 meses a 29 anos de idade e uma dose para a população de 30 a 49
anos.
“Outra estratégia é a dose zero para crianças de seis meses
a 11 meses e 29 dias. É bom lembrar que essa dose não será considerada válida
para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada a partir
dos 12 meses com a vacina tríplice viral e aos 15 meses com a tetraviral ou a
tríplice viral mais varicela. O Ministério também recomenda o bloqueio vacinal
seletivo em até 72 horas em todos os contatos do caso suspeito”, explica.
Segundo Talita, na Paraíba, até o momento, a cobertura
vacinal é de 86,03%. Até julho, dos 223 municípios, 123 apresentam coberturas
adequadas conforme recomendação do Programa Nacional de Imunização (PNI). “Esta
situação caracteriza a existência de bolsões de suscetíveis, o que possibilita
a reintrodução do Sarampo no estado. Por isso é necessário alertar os gestores
municipais para intensificar a busca ativa na população e assim imunizar
pessoas não vacinadas com a Tríplice Viral, principalmente aqueles municípios
que não atingiram a meta de 95%”, observa.
A SES recomenda, ainda, que todo paciente que apresentar
febre e manchas vermelhas no corpo, acompanhados de tosse e/ou coriza e/ou
conjuntivite, independente da idade e da situação vacinal, procure uma unidade
de saúde para a notificação e tratamento imediato.
O secretário da Saúde, Geraldo Medeiros, pontua que a
Paraíba ainda não apresentou casos confirmados da doença, porém é preciso estar
atento para a atualização das cadernetas de vacinação. “A vacina é a única
forma de prevenção da doença, que é altamente contagiosa e pode ser fatal”,
alertou – Secom-PB.
Carlos Magno
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