O Ministério da Agricultura liberou nesta 3ª feira
(17.set.2019) o registro de 63 pesticidas, totalizando 325 de janeiro a
setembro deste ano. Uma das novidades é o fluopiram, da Bayer, considerado mais
eficiente e menos tóxico, e que espera liberação há cerca de 10 anos. Muitos
dos outros produtos (56) são genéricos e já existem no mercado.
A liberação foi publicada no ato nº 62 do Diário Oficial da
União. O documento (íntegra) foi assinado por Carlos Venâncio,
coordenador-geral de agrotóxicos e afins no ministério. A data de assinatura é
13.set.2019.
Além do fluopiram, usado para combater fungos nas culturas
de batata, café, milho e etc, o governo liberou o uso de 6 produtos novos nesta
3ª.
Em todo o ano de 2019, o ministério autorizou o uso de 15
pesticidas à base de novos ingredientes. O órgão afirma que o objetivo é
aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos. Alega que
isso faz cair o custo de produção.
O número de pesticidas liberados pelo Ministério da
Agricultura neste ano é o maior desde 2009. De janeiro a setembro de 2018 – ano
em que foi registrado recorde de autorizações –, 302 agrotóxicos haviam sido
permitidos.
PROCESSO DE REGISTRO
DE AGROTÓXICOS
Para serem registrados, os pesticidas devem passar pela
aprovação de 3 órgãos:
Anvisa – que avalia os riscos à saúde humana;
Ibama – que analisa os impactos ambientais;
Ministério da Agricultura – que avalia a eficiência
agronômica. É a pasta que formaliza o registro.
Os 3 órgãos responsáveis pela liberação dos agrotóxicos
estão trabalhando em conjunto para liberar mais defensivos. Muitos servidores
foram realocados.
De acordo com o ministério, há mais de 2.000 produtos na
fila para serem avaliados. O prazo legal para a liberação é de 4 meses. No
entanto, há pesticidas que estão na fila há mais de 10 anos.
Perfil dos Defensivos
Segundo dados disponibilizados pelo ministério (íntegra), o
perfil dos defensivos liberados em 2019 para o uso em lavouras está dentro da
média dos últimos 10 anos. Pouco diminuiu a aprovação de produtos de maior
risco à saúde e ao meio-ambiente.
De 2009 a julho de 2019, foram liberados 1.238 produtos para
serem usados no campo, os chamados químicos “formulados” e “orgânicos”. Segundo o jornal Valor Econômico, 47% desses
produtos foram classificados pela Anvisa como “extremamente” ou “altamente”
tóxicos. Além disso, 47% foram classificados pelo Ibama como “altamente” ou
“muito” perigosos ao ambiente – Poder 360.
Carlos Magno
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