Quem visita hoje a Catedral de Campina Grande encontra do
seu lado esquerdo o seu estacionamento. Nem sempre foi assim! Neste mesmo lugar
existiu durante sessenta e cinco anos o Paço Municipal, construído em 1877.
Funcionou neste espaço o poder legislativo e judiciário: a
Câmara Municipal de Vereadores e o Fórum da cidade. Em Campina Grande foi este local o palco e a
testemunha de muitas decisões políticas, judiciais e administrativas que
operaram a transição do Império para a República no Brasil. O Paço foi demolido
em 1942 no contexto da reforma urbanística que alterou significativamente as
instituições públicas e o casario do centro da cidade.
Para homenagear o primeiro centenário da proclamação do
dogma da Imaculada Conceição o vigário da paróquia, Monsenhor Severino Mariano,
construiu neste espaço o monumento à Virgem Maria. A Imagem de Nossa Senhora foi confeccionada
no Recife, na Escola de Belas Artes de Pernambuco, pelo escultor Antônio
Bibiano.
A sua instalação coube ao Dr. Pedro Collier, coordenador
técnico dos serviços. A imagem é de
concreto, revestido de mármore em pó, com três metros e setenta centímetros de
altura e estando sobre uma coluna de doze metros, em forma de pirâmide, cortada
no vértice.
No dia 08 de dezembro de 1954 o amor filial do povo
campinense à Virgem Maria inaugurava o monumento com grande afluência dos fiéis
católicos. À época, já existindo a
recém-fundada Diocese de Campina Grande, o seu primeiro Bispo, Dom Anselmo
Pietrulla, procedeu a bênção da imagem e rezou a missa pontifical em altar
erguido ao pé do monumento.
A ocasião do Jubileu de 250 anos da Igreja Matriz de Campina
é oportunidade histórica dada a nós de retomar estes acontecimentos que
marcaram nossa jornada, para pensarmos o nosso lugar de origem e de construção.
Revisitar as páginas da vida é necessário para nos reconhecer na dinâmica do
tempo que a todas as coisas transforma e a todas as coisas permite alguma
permanência.
Um Paço, um monumento, uma cidade! Registros da vida social
e religiosa que os anos insistem em lembrar-nos! História que se conta de novo
porque aqui e agora queremos agradecer as gerações de campinenses que
construíram esta urbe com o trabalho, a dedicação e especialmente o amor a
Deus, simbolizado em sua primeira casa: a Matriz de Nossa Senhora da Conceição!
Pe. Luciano Guedes do Nascimento Silva
Vigário Geral e Pároco da Catedral
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas