A Polícia Civil do Rio acredita que a adolescente Alyssa
Mischler, de 15 anos, desaparecida desde terça-feira (15), tenha ido para São
Paulo utilizando a identidade de outra pessoa.
Inicialmente, o caso era investigado como sequestro, mas
nesta sexta-feira (18) a delegada Ellen Souto informou ao G1 que a jovem
embarcou na Rodoviária Novo Rio e contou com a ajuda de uma tia, irmã de sua
mãe, que mora na Suíça, e de um motorista. Ainda não se sabe a motivação para
que a menina tenha sido levada com a ajuda de uma parente à outra cidade. Na
delegacia, a tia negou qualquer envolvimento.
Segundo a polícia, a jovem, também menor de idade, que teve
a identidade usurpada por Alyssa para viajar, afirmou que não conhece Alyssa e
não tem nenhum envolvimento com o caso.
Imagens já à disposição da delegacia mostram que ela
embarcou às 22h15 do último dia 15 de outubro, dia de seu desaparecimento. A
intenção, segundo as investigações, era que Alyssa voltasse para a Suíça, sem o
consentimento dos pais.
A polícia apreendeu um passaporte de Alyssa, que estava em
poder da tia.
Irmã mais velha
acionou a polícia
Na tarde desta sexta-feira, Gabriela Mischler, irmã de
Alyssa, conversou com o G1. Ela estava angustiada e, às 17h, tinha acabado de
voltar de uma busca às cegas pelo bairro do Jardim Botânico, onde mora, e onde
acreditava que a irmã Alyssa havia sido vista pela última vez.
"Como estou sem pista, estou tentando ter acesso a
câmeras de prédios para, por essas imagens, recriar os passos dela, entender
para onde ela foi", disse ela, sem saber o que havia acontecido com a
irmã.
Gabriela contou que Alyssa, que é suíça, vive no Rio há
quatro meses e está se mudando para cá em definitivo. Ela e Alyssa são irmãs
por parte de pai e os pais de Alyssa vão se mudar para o Rio de Janeiro no
começo de 2020. Alyssa veio antes, no meio deste ano, para ir se adaptando à cidade.
Segundo a irmã, Alyssa sempre foi uma jovem calma e nunca
houve nenhum outro episódio como esse. "Ela sempre foi muito tranquila e a
gente sempre se deu muito bem. Nunca houve nada desse tipo e justamente por
isso a gente está tão preocupado, porque não é o normal dela", diz.
No Rio de Janeiro, a vida social de Alyssa está muito
vinculada à irmã. "Ela faz curso de teatro no Tablado, mas ela só teve
três aulas, conheceu algumas pessoas, mas nem chegou a sair com essas pessoas
fora das aulas. Ela também faz jiu jitsu na academia New Fight em Botafogo, mas
também começou recentemente", diz ela.
Gabriela visitou os dois estabelecimentos, mas, por lá, também
não teve notícias de Alyssa – G1.
Carlos Magno
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