O ladrão de calcinhas preso em Turmalina, no interior de
Minas, com 1.045 peças furtadas, disse em depoimento que não consegue se conter
e até já procurou ajuda com psicólogo. Segundo a polícia, esta foi a segunda
detenção do homem pelo mesmo crime.
“Ele falou que tem doença de furtar calcinhas, já foi no
psicólogo, mas não adiantou. Não sabemos se essa informação passada por ele é
verídica”, conta a delegada Júnia Mara Rodrigues.
Segundo a Polícia Militar, no momento da prisão, o homem
estava usando uma das calcinhas furtadas. Os policiais foram na casa dele para
cumprir um mandado de prisão por furto e apreenderam 1.000 calcinhas e 45
sutiãs.
“Esse mandado era por crimes antigos de furto de calcinhas.
As peças que foram encontradas na casa são de crimes recentes, e as vítimas não
registraram boletim de ocorrência. Agora, nós vamos identificar essas vítimas
para concluir o inquérito e encaminhar para a Justiça”, disse a delegada.
O homem foi levado para o presídio de Turmalina e está à
disposição da Justiça.
A prisão anterior ocorreu em 2015, depois de ele ter furtado
301 peças em Capelinha.
Mulher mudou de casa
por causa dos furtos
Uma vizinha dele, que preferiu não se identificar, diz que
foi obrigada a se mudar porque não aguentava mais os furtos.
“Ele pulava o muro e, mesmo com a porta trancada, conseguia
entrar e furtava minhas calcinhas que estavam no arame ou dentro de casa. Quando
eu ia procurar uma calcinha para vestir e não achava, eu morria de raiva e não
podia fazer nada. Tem 90 dias que eu mudei de lá”, afirmou ela.
A mulher conta que o homem levou cerca de 30 calcinhas e 5
sutiãs novos, mas ela não registrou boletim de ocorrência. "Eu não
procurei a polícia porque sei que ele não fica preso, daqui a pouco está solto
de novo. Até carne da minha geladeira, ele furtava."
Na cidade, que tem cerca 8.880 mulheres, o ladrão de
calcinhas já foi assunto de muitas rodas de conversa.
“Faz tempo que a gente escuta falar que tem ladrão de
calcinha na cidade. Aqui na minha casa, uma sumiu de forma misteriosa. Eu
coloquei no amaciante no quintal de casa e quando cheguei do serviço, ela tinha
desaparecido. Não sei se foi ele que furtou, mas a calcinha nunca mais apareceu
e isso já tem um ano”, disse uma mulher que mora em Turmalina há mais de 30
anos – G1.
Carlos Magno
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