A importância da participação das mulheres na política foi o
assunto debatido em audiência pública, na manhã desta terça-feira (10), na
Câmara Municipal de Campina Grande. A audiência teve como origem uma
propositura da vereadora Ivonete Ludgério (PSD), através da Frente Parlamentar
de Defesa dos Direitos da Mulher, em parceria com Núcleo de Cidadania dos
Adolescentes (NUCA) do Unicef.
Além de várias lideranças femininas, a audiência pública
contou com a participação dos estudantes da Escola Roberto Simonsen. As
adolescentes Wenderlãnya Medeiros e Rafaela Sampaio usaram a tribuna, em
discursos rápidos, pedindo mais espaços para a mulher na política e direitos
iguais. Outros estudantes acompanharam o debate no auditório da Casa de Félix
Araújo.
A vereadora Ivonete Ludgério, que atualmente ocupa um cargo
de liderança na Presidência do parlamento municipal, falou das dificuldades
enfrentadas ainda hoje para que as mulheres consigam ter uma participação
efetiva na política. De acordo com Ivonete, além de sofrer violência física e
psicológica, muitas mulheres são desencorajadas pelo público masculino a
participar ativamente da política, de modo que o espaço para elas acaba sempre
ficando mais restrito a cada ano.
A relação política e educação foi amplamente abordada pelas
participantes do debate. Para elas, todo o processo deve iniciar na escola,
trazendo o assunto para o debate no ambiente escolar e envolvendo o público
feminino desde a adolescência. Para a presidente do Conselho de Educação do
município, Rilma Sueli, a política é um espaço de convivência e igualdade entre
homens e mulheres. Ela estacou que essa participação também é um direito
primordial da mulher.
A articuladora do selo Unicef no município, Socorro
Siqueira, solicitou aos vereadores uma maior atenção para este tema, incluindo
mais ações em benefício das mulheres nos projetos produzidos pela Casa. Já a
diretora da Escola Roberto Simonsen, Patrícia Lira, agradeceu o importante
espaço e lembrou que, apesar dos números alarmantes sobre a violência contra a
mulher, há de se reconhecer que houve avanços, mas mesmo assim é necessário
abrir mais espaço para a participação das mulheres não apenas na política, mas
no mercado de trabalho em geral.
Esta foi a última atividade do ano promovida pela Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher. Um ampla agenda de debates e
ações já está sendo planejada para todo o ano de 2020 – Dirp/CMCG.
Carlos Magno
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