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12/12/2019

Nova Realidade: Poupança passa a render menos que a inflação. O que fazer para não perder dinheiro?


A aplicação financeira mais tradicional do país, a famosa poupança, está com retorno negativo com o anúncio do novo corte da taxa Selic. Isso significa que a rentabilidade da poupança perde para inflação (medida pelo IPCA –Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

 

Numericamente, quem deixar o dinheiro na poupança continuará vendo um aumento gradativo do valor aplicado, mas não se engane. O dinheiro ficará menor porque haverá um redução do poder de compra do investidor por causa da inflação.



 

A rentabilidade da poupança é calculada seguinte maneira: quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês mais a taxa referencial (TR). Lembrando que a última vez que a Selic esteve acima deste patamar foi em julho de 2017. Já quando a taxa de juros estiver abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR.

 

Com a taxa Selic de 4,50% ao ano e a taxa referencial zerada, a rentabilidade atual da poupança é de 3,15% ao ano, enquanto a inflação projetada para 2019 é de 3,84%. Para o próximo ano, a expectativa segundo o boletim Focus, é que a inflação seja de 3,60% e o mercado espera que a Selic possa cair ainda mais, ficando em 4,25% ao ano, ou seja, a rentabilidade da poupança pode ser ainda menor do que a atual.

 

O que fazer?

 

Para especialistas, a nova realidade de juros baixos veio para ficar. Aquele cenário de juros altos e ganhos garantidos na renda fixa é coisa do passado. O investidor que quiser ter maior rentabilidade terá que assumir mais risco. Mas calma, ninguém precisa sair da poupança e ir direto para Bolsa.

 

“É fundamental que o investidor avalia quanto ele pode tomar de risco e o momento de vida atual. A Bolsa não é para todo mundo. Tudo depende da capacidade de risco que a pessoa pode tomar”, alerta Paulo Marostica, planejador financeiro certificado pela Planejar.

 

Para os investidores mais conservadores, que nunca saíram da poupança, a indicação é buscar títulos no Tesouro. Quem migrar da poupança para o Tesouro não terá ganhos expressivos, mas não terá perda do valor com a inflação. É uma boa opção para alocar a reserva de emergência, por exemplo.

 

Outra opção é buscar fundos de investimentos especializados em renda fixa, que tem alocação  em títulos do Tesouro, CDB pré-fixado, entre outros. Para quem deseja arriscar um pouco mais, mas sem investir diretamente em ações, uma opção seria os fundos de ações. Nestes dois casos, os riscos são diluídos pelo gestor do fundo, que conhece bem os produtos financeiros disponíveis – Exame.

 

Carlos Magno

 

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