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04/01/2020

FOTOS INÉDITAS: Elevador despenca de edifício e mata 4 pessoas da mesma família em Santos, litoral de São Paulo


Imagens inéditas divulgadas nesta sexta-feira (3) mostram a parte interna do elevador que despencou e matou quatro pessoas da mesma família em Santos, no litoral de São Paulo. Dentro da cabine, além da mola de segurança do elevador, é possível ver pertences das vítimas. O acidente ocorreu na última segunda-feira (30) em um prédio onde moram apenas oficiais da Marinha do Brasil.

 

A queda do equipamento aconteceu em um edifício residencial localizado na Rua Guararapes, no bairro Vila Belmiro. Eric Miguel, 19 anos, o pai, Edilson Donizete, de 45 anos, e a mãe, Lucineide de Souza Goes, de 43 anos, moravam em Santo André. Eles morreram logo depois de chegarem ao prédio, onde passariam a virada do ano na casa de Jucelina Santos, irmã de Lucineide, que também morreu no acidente. Ela desceu para buscá-los no térreo do edifício e, quando a família subia para o 9º andar, o elevador caiu.



 

As fotos, obtidas com exclusividade pelo G1 e pelo Jornal A Tribuna, foram feitas logo após a retirada dos corpos das vítimas e o trabalho da perícia da Polícia Científica, durante a madrugada de terça-feira (31).

 

Dentro da cabine, é possível ver a mola de segurança, utilizada em poços de elevadores para a segurança na absorção de impactos. Com a queda, o equipamento destruiu o piso e foi parar dentro da cabine. Nas fotos, também é possível identificar objetos que seriam das vítimas do acidente como sacolas, chinelos e roupas.



 

Os corpos das vítimas foram retirados do elevador e levados ao carro da funerária. Manchas de sangue ficaram no chão do corredor, do subsolo e do estacionamento do edifício, como mostra uma das fotos.

 

Jucelina foi sepultada em Guarujá, enquanto seus familiares foram enterrados em um cemitério na cidade de Santo André, no ABC Paulista.

 

Após o acidente, equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Defesa Civil do Santos e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram para o local. A Defesa Civil de Santos também esteve no prédio para monitorar a situação. Os dois elevadores do edifício, o de serviço que desabou e o social, foram interditados.O laudo da perícia deverá apontar o que causou o acidente.



 

Elevador

 

Em entrevista ao G1, moradores que preferiram não se identificar relataram que os elevadores do prédio apresentam problemas há anos. De acordo com o comandante do 8º Distrito Naval, o Vice-Almirante almirante Sergio Fernando de Amaral Chaves Junior, o elevador de serviço passou por manutenção e avaliação e foi liberado para uso no último dia 23.

 

Em nota, a empresa Elevadores Villarta informou que imediatamente após o acidente a empresa enviou representantes ao local para auxiliar todas as autoridades envolvidas e se solidariza com as vítimas. A empresa disse que está à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos e colaborar com as investigações e ressaltou que não medirá esforços para esclarecer as causas do ocorrido.

 

Em nota, a Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), informou que está dando todo o suporte possível às famílias. O respectivo Inquérito Policial Militar será aberto para apurar o ocorrido.



 

Segundo a Prefeitura de Santos, um engenheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações foi ao local, acompanhado da equipe técnica da empresa que presta serviços de manutenção dos elevadores do prédio, para acompanhar o início das investigações sobre as causas da queda da cabine.

 

Os elevadores do edifício Tiffany estão em operação desde 1998. A Vilarta, empresa responsável pela manutenção dos equipamentos, tem documentação regular junto à Prefeitura, incluindo alvará de instalação e funcionamento dos aparelhos, além de ter apresentado no último dia 1° de dezembro o relatório trimestral obrigatório de regularidade, que atesta a responsabilidade técnica de manutenção preventiva realizada recentemente no referido endereço.

 

Em cumprimento à legislação municipal, cabe à empresa a responsabilidade de garantir a segurança do funcionamento dos elevadores. A Prefeitura faz fiscalizações periódicas em edifícios e especialmente em duas situações: denúncias na Ouvidoria Municipal ou observação de alteração no funcionamento do equipamento nos relatórios de regularidade.

 

A Ouvidoria Municipal informa que, até a presente data, não recebeu nenhuma denúncia ou registro de ocorrência sobre possíveis irregularidades no endereço do acidente. A Prefeitura ainda informa que todos os documentos relativos ao elevador em questão serão disponibilizados às autoridades policiais – G1.

 

Carlos Magno

 

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