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15/01/2020

Com o fim da operação da Infraero no aeroporto de Campina nesta quinta, Veneziano alerta para a necessidade de evitar prejuízos à população


O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) afirmou nesta quarta-feira (15) que estará alerta a possíveis perdas para a população paraibana, em especial a de Campina Grade, com o fim das operações da Infraero, a partir desta quinta-feira (16), na gestão do Aeroporto Presidente João Suassuna. Segundo Veneziano, com as concessões dos aeroportos do Bloco Nordeste, que inclui os de João Pessoa, Campina Grande, Recife, Aracajú, Maceió e Juazeiro do Norte, Campina pode ter significativos prejuízos com a diminuição do porte de aeronaves operantes, redução de voos e perdas para a regionalização da aviação civil.

 

O aeroporto de João Pessoa movimenta 1,4 milhão de passageiros por ano, enquanto o de Campina Grande movimenta 150 mil. Porém, com as concessões, esses números poderão cair drasticamente, lamenta o senador.



 

É que a concessionária vencedora, Aena Desarrollo Internacional, empresa pública de origem espanhola, terá que cumprir algumas obrigações, que preveem adaptações técnicas. Dentre elas, a mudança nos tipos de aeronaves que podem operar nos dois aeródromos paraibanos. “Vamos acompanhar e fiscalizar os níveis de investimentos que foram feitos via contratos”, disse Veneziano, ao lamentar também o valor irrisório que foi definido para a entrega dessas concessões aeroportuárias.

 

Atualmente, segundo cadastro da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, os aeroportos de João Pessoa e Campina Grande são homologados para garantir operações com aeronaves 4C, operadas pelas principais companhias aéreas brasileiras (Latam e Avianca operam com o A319, A320 e A321; enquanto que a Gol opera com o Boeing 737-800).

 

Contudo, destaca Veneziano, o novo operador aeroportuário terá obrigação de adequar os aeroportos para receber aeronaves da categoria 3C (categoria menor que a atual). “Assim, nestes aeroportos, as grandes companhias aéreas brasileiras não terão o conforto necessário para operar com suas aeronaves da categoria maior, a 4C”.

 

Retirada do ILS de Campina Grande – Outro alerta feito por Veneziano trata do ILS, equipamento conseguido pelo então Senador Vital do Rêgo Filho (hoje Ministro do Tribunal de Contas da União – TCU).

 

O ILS, equipamento de pouso por instrumento de precisão, foi instalado no aeroporto de Campina Grande para auxiliar manobras de aeronaves em condições adversas, mas nunca chegou a operar em sua plenitude, devido a adequações na pista e na área de escape que nunca foram feitas.

 

O relato técnico a que Veneziano teve acesso informa que poucos aeroportos no Brasil dispõem de ILS e que o de Campina Grande nunca funcionou de forma plena por conta da “proximidade da Terminal de Passageiros da Pista de Pouso e Decolagem e do Pátio de Aeronaves, ferindo a ‘rampa de aproximação’ do equipamento”.

 

“Com a obrigatoriedade do operador aeroportuário de adequar todo o sistema de pista e pátio para garantir apenas a operação por instrumentos não-precisão, o aeroporto de Campina Grande corre o risco, mais uma vez, de não garantir o funcionamento pleno deste importante equipamento, conseguido pelo então senador Vital do Rêgo”, afirmou – Assessoria.

 

Carlos Magno

 

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