Funcionários do Hospital Felício Rocho, na Região Centro-Sul
de Belo Horizonte, fizeram uma manifestação na quarta-feira (15) contra as
novas determinações anunciadas pela unidade em uma cartilha e a possibilidade
de redução salarial dos trabalhadores.
Entre os pontos polêmicos presentes no texto, gerou revolta
nos funcionários a determinação para que mulheres usem "preferencialmente
roupas íntimas de tons claros". Durante o protesto, calcinhas de várias
cores foram colocadas em um varal. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos
de Serviços de Saúde de Belo Horizonte e Região, o hospital pediu aos
funcionários que assinassem um termo onde afirmavam estar cientes das
exigências.
"Eu acho um absurdo, uma falta de respeito. Não
concordamos com essa política dos tons e de colocar a gente para comprar novas
cores. Eles cobram tanto de nós, mas só reduzem nosso salário”, comentou uma
enfermeira do hospital.
Os trabalhadores também questionam cortes do adicional
noturno a partir de fevereiro, o que resultaria em redução salarial, segundo o
sindicato.
Histórico de
reclamações
Segundo uma funcionária que preferiu não se identificar, as
reclamações contra assédio moral e sobrecarga no trabalho iniciaram em dezembro
de 2019 no hospital. Desde então, a conversa com o sindicato e com o hospital
foram realizadas, mas não houve melhoria no cotidiano dos profissionais.
Nota do Felício Rocho
Segundo a diretoria do Sindicato, nesta quinta-feira (16)
haverá uma reunião com a administração do Hospital Felício Rocho.
Em nota, o hospital informou que segue e respeita
integralmente as leis trabalhistas e que não procede as denúncias sobre a
obrigatoriedade de cor de peças íntimas de seus funcionários.
Leia a nota da
íntegra:
"A Fundação
Felice Rosso, mantedora do Hospital Felício Rocho, informa que segue e respeita
integralmente o previsto na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas),
Constituição Federal e na Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) firmada entre
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e
Região (SINDEESS) e o Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (SINDHOMG).
Desta forma, a
Fundação Felice Rosso segue, desde sua vigência, as normas elaboradas pelo
próprio SINDESS, firmadas em convenção coletiva de trabalho com o SINDHOMG, e
portanto aplicáveis ao âmbito do Felício Rocho.
Esclarece-se ainda que
não procedem as denúncias quanto à obrigatoriedade de cor de peças íntimas dos
funcionários, existindo apenas uma orientação interna, de caráter genérico e
não obrigatório, sugerindo o uso preferencial de peças íntimas em tons lisos e
claros".
Supervisão Humberto
Trajano
Informações do G1.
Carlos Magno
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