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16/01/2020

Hospital de Belo Horizonte distribui comunicado orientando os tipos de roupas íntimas que as funcionárias devem usar


Funcionários do Hospital Felício Rocho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, fizeram uma manifestação na quarta-feira (15) contra as novas determinações anunciadas pela unidade em uma cartilha e a possibilidade de redução salarial dos trabalhadores.

 

Entre os pontos polêmicos presentes no texto, gerou revolta nos funcionários a determinação para que mulheres usem "preferencialmente roupas íntimas de tons claros". Durante o protesto, calcinhas de várias cores foram colocadas em um varal. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Belo Horizonte e Região, o hospital pediu aos funcionários que assinassem um termo onde afirmavam estar cientes das exigências.



 

"Eu acho um absurdo, uma falta de respeito. Não concordamos com essa política dos tons e de colocar a gente para comprar novas cores. Eles cobram tanto de nós, mas só reduzem nosso salário”, comentou uma enfermeira do hospital.

Os trabalhadores também questionam cortes do adicional noturno a partir de fevereiro, o que resultaria em redução salarial, segundo o sindicato.

 

Histórico de reclamações

 

Segundo uma funcionária que preferiu não se identificar, as reclamações contra assédio moral e sobrecarga no trabalho iniciaram em dezembro de 2019 no hospital. Desde então, a conversa com o sindicato e com o hospital foram realizadas, mas não houve melhoria no cotidiano dos profissionais.

 

Nota do Felício Rocho

 

Segundo a diretoria do Sindicato, nesta quinta-feira (16) haverá uma reunião com a administração do Hospital Felício Rocho.

 

Em nota, o hospital informou que segue e respeita integralmente as leis trabalhistas e que não procede as denúncias sobre a obrigatoriedade de cor de peças íntimas de seus funcionários.

 

Leia a nota da íntegra:

 

"A Fundação Felice Rosso, mantedora do Hospital Felício Rocho, informa que segue e respeita integralmente o previsto na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Constituição Federal e na Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) firmada entre Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (SINDEESS) e o Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (SINDHOMG).

 

Desta forma, a Fundação Felice Rosso segue, desde sua vigência, as normas elaboradas pelo próprio SINDESS, firmadas em convenção coletiva de trabalho com o SINDHOMG, e portanto aplicáveis ao âmbito do Felício Rocho.

 

Esclarece-se ainda que não procedem as denúncias quanto à obrigatoriedade de cor de peças íntimas dos funcionários, existindo apenas uma orientação interna, de caráter genérico e não obrigatório, sugerindo o uso preferencial de peças íntimas em tons lisos e claros".

 

Supervisão Humberto Trajano

 

Informações do G1.

 

Carlos Magno

 

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