O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse esta
semana que a empresa estuda lançar um concurso específico para contratar
profissionais de tecnologia.
“Nós estamos pensando na possibilidade de um concurso mais
direcionado para essa área de tecnologia e inovações. Hoje a porta de entrada
do BB é só um concurso para escriturário”, disse a jornalistas após participar
de evento promovido pelo banco Credit Suisse em São Paulo.
Segundo Novaes, o projeto está caminhando rápido dentro da
instituição é prioridade do vice-presidente de recursos humanos.
Durante painel no evento, o executivo observou que os bancos
públicos têm dificuldade de reter talentos e que eles enfrentarão mais
obstáculos dos que os privados para competir com as fintechs.
Reorganização
O Banco do Brasil tem promovido uma série de alterações no
seu quadro de funcionários. A companhia chegou a ter 110 mil funcionários e,
hoje, tem 93 mil.
Em julho do ano passado, o Banco do Brasil (BB) anunciou um
conjunto de ações para reorganizar sua estrutura, o que incluiu uma adequação
nos quadros de funcionários, com lançamento de um plano de desligamento
incentivado.
“Foram demissões nas áreas em que havia um excesso de
pessoal. E tivemos um êxito muito bom”, disse o Novaes. Ele explicou que a diminuição
na quantidade de concursos realizados pelo banco promove um ajustamento natural
no quadro de funcionários conforme mais pessoas vão se aposentando.
Neste ano, o BB e a Petrobras anunciaram que os empregados
que tiverem os pedidos de aposentadoria concedidos pelas novas regras da
Previdência, em vigor desde novembro do ano passado, serão demitidos.
Privatização
Novaes voltou a dizer que é favorável à privatização do
banco, mas que essa é uma decisão política e que o presidente Jair Bolsonaro e
o Congresso não compartilham de sua opinião.
“Eu acho que com o tempo e a classe política, de uma maneira
geral, vai se convencer de que o papel do BNDES e da Caixa já suprem a
necessidade de um banco público e que o Banco do Brasil poderia estar liberado
para uma privatização”, afirmou, emendando que isso não está em discussão com o
governo.
Venda de subsidiárias
Questionado sobre se a venda de subsidiárias pode ser uma
alternativa à privatização, Novaes disse que "os ativos mais
importantes" que poderiam ser vendidos sem "desfalcar" o banco
já foram, e que o caminho para a modernização passa mais por parcerias com
fintechs e outras empresas.
"Estamos vendendo o banco na Flórida, já saímos da
nossa participação na Neoenergia […] Os outros setores, a área de meio de
pagamentos e seguros e a área de administração de ativos de terceiros, tem uma
sinergia grande dessas áreas com as atividades 'core' do BB. Então, cabe mais
falar em parcerias do que em saída do mercado", disse.
Em relação à possibilidade de venda do Banco Votorantim,
Novaes afirmou que a empresa está programando um IPO (oferta inicial de ações
em bolsa) e que o BB deve sair de "um pedaço" da controlada, mas na
mesma proporção que outros sócios.
"O BV está sofrendo um processo de modernização espetacular
e nós esperamos que seja um sucesso esse IPO."
Já sobre uma possível venda da participação na empresa de
pagamentos Cielo, Novaes disse que a companhia está "em um momento
difícil" e que tenta "encontrar caminhos melhores para ela".
Perguntado sobre se a saída para melhorar a Cielo passaria
pela Cateno, joint venture formada pelo banco junto com a empresa e que
desenvolve tecnologia para a indústria de pagamentos, Novaes sinalizou com a
cabeça que sim.
Com a crescente competição no mercado de maquininhas, a
Cielo divulgou nesta semana que seu lucro caiu quase pela metade em 2019 – G1.
Carlos Magno
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