O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta
quarta-feira (12) que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à
Disney, nos Estados Unidos. O ministro acrescentou que a alta do dólar fará
"todo mundo conhecer o Brasil".
Guedes deu as declarações ao participar da cerimônia de
encerramento do Seminário de Abertura do Ano Legislativo, organizado pela
revista "Voto", em Brasília.
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, com o quarto
recorde seguido, a R$ 4,35, impulsionado pela divulgação dos dados do varejo
brasileiro e do maior otimismo do mercado em relação à contenção da epidemia do
coronavírus na China.
"Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vou exportar
menos, substituição de importações, turismo, todo mundo indo para a
Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada. Mas
espera aí? Espera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai ali passear nas
praias do Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do
Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil,
vai conhecer o Brasil, que está cheio de coisa bonita para ver", declarou.
Em seguida, o ministro continuou falando sobre o assunto,
mas acrescentando que a declaração poderia repercutir.
"Vamos botar todo mundo para conhecer o Brasil. Eu, de
vez em quando, quis dar o exemplo, mas antes que falem: 'Ministro diz que
empregada doméstica estava indo para a Disneylândia'. Não. Ministro está
dizendo que o câmbio estava tão barato que todo mundo estava indo para a
Disneylândia, até as classes sociais mais baixas", afirmou.
Na sequência do discurso, Paulo Guedes afirmou que
"todo mundo que ir para a Disneylândia", mas não "três, quatro
vezes ao ano".
"Todo mundo tem que ir para a Disneylândia, conhecer um
dia, mas não três, quatro vezes por ano, não é? Com dólar a R$ 1,80, tinha
gente indo quatro vezes por ano. Não, vai três vezes aqui, Foz do Iguaçu,
Chapada Diamantina, conhece um pouquinho do Brasil, vai ver a selva amazônica,
na quarta vez você vai para a Disney em vez de ir quatro vezes no ano. Então,
só isso que estou dizendo", completou.
Servidores
'parasitas'
Na semana passada, Guedes se envolveu em uma polêmica ao
comparar servidores públicos a "parasitas".
O ministro argumentou que a máquina pública, nas três
esferas de governo, não se sustenta financeiramente por questões fiscais e, por
isso, a carreira do funcionalismo precisa ser revista.
"O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita,
o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático", declarou.
Depois, diante da repercussão, o ministro se desculpou. Em
nota, o Ministério da Economia afirmou que a declaração dele havia sito
deturpada – G1.
Carlos Magno
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