O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (17), com os
investidores atentos a medidas de estímulo anunciadas pelo banco central da
China para conter os impactos do coronavírus e em dia de volumes reduzidos por
um feriado nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana subiu 0,68%, a R$ 4,3290. Na máxima
da sessão, chegou a R$ 4,3310. Já o dólar turismo foi negociado a R$ 4,5208,
sem considerar a cobrança de IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Veja
mais cotações.
Na parcial do mês, a moeda norte-americana tem alta de
1,03%. No ano, já subiu 7,96%. Segundo um levantamento da Tendências
Consultoria, o real é moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no
acumulado de 2020, dentre as 31 principais divisas globais.
O Banco Central ofertou neste pregão apenas 13 mil contratos
de swap tradicional, somando R$ 650 milhões, com vencimento em agosto, outubro
e dezembro de 2020. O valor é bem menor do que foi ofertado na semana passada.
Na quinta (13) e na sexta-feira (14), o BC vendeu, no total, US$ 2 bilhões em
swaps cambiais, o que ajudou a moeda a cair nos dois dias - chegando a R$
4,2997 na sexta -, após bater recorde na quarta-feira (12), ao alcançar cotação
de R$ 4,3505.
O dólar mais valorizado nas últimas semanas tem refletido
principalmente as preocupações em relação aos impactos do surto de coronavírus
na China e na desaceleração da economia global, e também os juros em mínimas
históricas no Brasil.
A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 diminuiu o
diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar
o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de
saída de dólar. Isso elevaria a cotação da moeda.
Desde 2010 o real não tinha um começo de ano tão negativo.
Perspectivas
O mercado brasileiro manteve a previsão para a taxa Selic no
fim de 2020 em 4,25% ao ano, segundo pesquisa Focus divulgada nesta
segunda-feira. Atualmente, a taxa de juros já está neste patamar.
Enquanto Legislativo e Executivo expõem ruídos sobre o curso
da agenda reformista, departamentos econômicos e gestoras começam a reduzir as
projeções para o crescimento da economia, citando potenciais efeitos do surto
de coronavírus e a divulgação de indicadores que sinalizaram um fim de 2019
menos animador para a economia.
A reforma tributária, a administrativa (que mexe com o
funcionalismo público) e a PEC emergencial (a qual aciona gatilhos para evitar
o descumprimento de regras fiscais) são as três principais propostas no radar
do mercado para 2020. Privatizações e mais concessões também estão no cenário.
"Se as reformas passarem, ainda que tenhamos juros
baixos, isso pode atrair investimento estrangeiro, o que ajudaria a valorizar o
real", disse à Reuters Helena Veronese, economista-chefe na Azimut Brasil
Wealth Management – G1.
Carlos Magno
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