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26/02/2020

Pernambuco lança pacote de ações com quase R$ 300 milhões em subsídios para tentar segurar passageiros nos ônibus do Grande Recife


Quase R$ 300 milhões em subsídios para o transporte público da Região Metropolitana do Recife em 2020, fim da validade dos créditos dos cartões VEM – que hoje expiram em 180 dias –, mais policiais militares nos terminais integrados e nas estações do Sistema BRT, videomonitoramento dessas unidades ligado 24 horas com a Secretaria de Defesa Social (SDS), ampliação da integração temporal nos terminais conectados com o metrô e remodelagem da licitação das linhas de ônibus realizada ainda em 2013, que passou a vigorar parcialmente desde então.

 

Essas são as principais medidas anunciadas pelo governo de Pernambuco durante reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), no último dia 10 de fevereiro, dentro do pacote de ações para “justificar” o não reajuste das passagens de ônibus este ano. O pacote, entretanto, tem tempo para entrar em operação: são ações previstas para vigorar até 2022.



 

O secretário de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco e presidente do CSTM, Marcelo Bruto, explicou que muitas delas serão imediatas ou, no máximo, executadas até o fim do ano, como é o caso das ações voltadas para a melhoria na segurança e no conforto dos passageiros, com intervenções na infraestrutura das unidades, investimento em tecnologia para levar informação em tempo real ao usuário sobre a chegada e saída dos ônibus, e o reforço no policiamento ostensivo – feito pela Polícia Militar de Pernambuco – nos terminais integrados e estações de BRT.

 

Outras serão para 2021 e 2022. É o caso da nova licitação das linhas de ônibus e da readequação dos contratos em operação – Lotes 1 e 2, operados pelos Consórcios Conorte (Corredor de BRT Norte-Sul) e MobiPE (Corredor de BRT Leste-Oeste) –, e a concessão dos 26 terminais integrados para um novo modelo de gestão.

 

“Como já dito na época em que o reajuste zero foi anunciado, o governo de Pernambuco entendeu que o momento não era de discutir aumento da tarifa e, mais uma vez, penalizar o passageiro. Por isso está assumindo esse custo e, além dos R$ 207 milhões em subsídios estimados para este ano, estaremos colocando mais 70 milhões, aproximadamente, para garantir a boa operação do sistema. Há sete anos o sistema de transporte público da RMR só perde demanda. Foram 150 milhões de passageiros pagantes perdidos nesse período, uma queda de 30%. Somente no ano passado a perda foi de 4%. O metrô com reajuste e o desemprego em alta. Diante desse cenário, o Estado entendeu que precisava realizar uma discussão mais estruturante do sistema e, não, apenas conceder um aumento pelo IPCA que poderia afastar ainda mais o passageiro”, justificou – Assessoria.

 

Carlos Magno

 

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