A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (3) o motorista de
aplicativo, Luiz Pereira Chaves, acusado de estuprar uma jovem durante uma
corrida na cidade de São Paulo. A ação teria acontecido na última quarta-feira
(19), por volta das 4h.
A vítima conta que estava em um bar em Pinheiros, na Zona
Oeste, quando pediu um carro de aplicativo para voltar para casa. Ela diz que estava
alcoolizada e se lembra pouco do que aconteceu. A jovem, de 20 anos, diz que só
percebeu algo estrando quando acordou em casa por volta das 14h e viu o preço e
o tempo da corrida no aplicativo. O trajeto, que leva no máximo meia hora,
durou 336 minutos, ou seja, mais de 5 horas e custou R$ 109.
Câmeras de segurança divulgadas na segunda-feira (2)
registraram o homem saindo do banco da frente do veículo e entrando no banco de
trás. A Justiça decretou a prisão temporária do motorista.
Em depoimento à polícia na noite de domingo (1º), o
motorista disse que trabalhava como motorista de aplicativo há duas semanas
usando o carro de um conhecido. Ele alegou que não houve estupro e que a
passageira o seduziu.
“Ele disse que foi chamado para a corrida pelo aplicativo,
que a estudante entrou no táxi perfeitamente sóbria e que ela começou a se
insinuar para ele e ele não resistiu. Agrava a situação dele porque é um
estupro de pessoa vulnerável pela embriaguez”, diz o delegado que cuida do
caso, Roberto Monteiro.
O condutor trabalhava para a empresa 99 quando levou a
passageira de Pinheiros até a Mooca. O caso foi registrado como estupro de
vulnerável na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher. Os resultados dos exames
toxicológico e sexológico saem em 30 dias. Durante 28 dias, a jovem terá que
tomar um coquetel de remédios pra evitar doenças sexualmente transmissíveis.
Rogério Alexandre, advogado do motorista, disse que vai
aguardar o resultado do exame. “Se ela fez os exames vai constatar sêmen ou
alguma coisa que ele tenha feito. Ele diz que não.”
A 99 disse em nota que lamenta profundamente esse caso e
reitera que repudia veementemente esse tipo de violência. “Assim que tomamos
conhecimento, banimos o motorista e mobilizamos uma equipe que está em contato
com a passageira para oferecer todo o acolhimento e suporte necessários.
Estamos disponíveis para colaborar com as investigações da polícia.” – G1.
Carlos Magno
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