Um vereador foi preso suspeito de praticar o crime conhecido
como "rachadinha", no qual um servidor público indicado por ele é
obrigado a lhe repassar parte do salário. Logo após ser detido e colocado no
carro da polícia, Rafael Barbosa de Sousa (PRP), conhecido como Rafael Modas,
sorri, manda beijinhos e diz:
"Daqui a pouco mais notícias da minha inocência",
disse o parlamentar.
O advogado de Rafael, Rafael Borges da Cruz, negou as
acusações feitas ao seu cliente e disse que a prisão foi ilegal. Além disso,
afirmou que o parlamentar não agiu em tom de deboche, mas sim porque foi
provocado por adversários políticos.
Rafael foi preso em flagrante na quinta-feira (5), em uma
praça em frente à prefeitura. Quando a reportagem foi publicada, às 8h40 desta
sexta-feira (6), ele seguia detido. De acordo com a defesa, foi obtido um
habeas corpus, ocasionando a liberação de Rafael por volta das 10h.
Segundo o delegado Tiago Junqueira, responsável pelo caso,
ao ser abordado, o vereador negou o crime.
"Nós recebemos uma denúncia e começamos a monitorar. A
gente conversou com o servidor, que confessou e indicou que iria repassar
naquele dia. Fizemos o flagrante quando ele pegou o dinheiro. Na hora, o
vereador afirmou que estava recebendo um empréstimo que havia feito, mas não
conseguiu comprovar essa situação", disse o delegado ao G1.
Ainda conforme Junqueira, o servidor comissionado foi
indicado por Rafael e recebia R$ 2,4 mil, dos quais, R$ 1,4 mil tinham de ser
repassados para o parlamentar.
O responsável pelo caso criticou a atitude do vereador após
a prisão, classificando-a como "deboche".
"Ele é debochado. Trata com descaso a coisa pública.
Está sendo acusado de um crime contra a administração pública e debocha da
população", condena.
O delegado informou que após a prisão, Rafael passou por
audiência de custódia, na qual foi arbitrada fiança de 25 salários mínimos.
Porém, como não pagou, a detenção foi mantida até a emissão do habeas corpus.
A prática da "rachadinha" se enquadra no crime de
concussão, quando o funcionário público obtém vantagem indevida. A pena em caso
de condenação varia de 2 a 12 anos.
Advogado nega
O advogado de Rafael explicou a reação do vereador ao ser
levado para a delegacia. "Ele estava sendo preso e alguns adversários políticos
estavam soltando fogos de artifício do lado de fora. Ele não estava agindo em
tom de deboche com a população nem com seus eleitores. Ele estava reagindo a
uma provocação", afirmou.
Em nota, a Câmara Municipal de Firminópolis informou estar
"estarrecida" com a prisão e informou que irá entrar com um processo
de cassação contra o vereador – G1.
Carlos Magno
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