Um empresário de 53 anos morreu de forma trágica no local de
trabalho na manhã desta terça-feira no Bairro Guarani, Região Norte de Belo
Horizonte. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele era proprietário de uma fábrica de
salgados e outros alimentos para festas e morreu ao cair em um moedor de carne
ligado.
Os bombeiros foram chamados por volta das 10h para
comparecer à sede da Amandelli, na Rua Carimbe. A pessoa que ligou para o 193
contou que o equipamento industrial foi desligado rapidamente após o acidente,
mas a vítima já estava gravemente ferida e inconsciente.
O empresário foi identificado como Edson de Andrade Lima. O
operador de máquinas Jadelson Ferreira Santos, de 42 anos, estava perto do
local quando o acidente ocorreu. “Como ele caiu eu não cheguei a ver porque,
quando virei, ele já estava lá dentro. Tudo indica que ele foi puxado pelo
avental. Ela (máquina) tem 1,20 de altura mais ou menos. Não tem como a pessoa
cair de ponta. A gente entendeu que ele pôs a mão e puxou”, explicou o
funcionário que trabalha há sete anos na fábrica.
Jadelson trabalhava em outra máquina no momento do acidente.
Pelo menos cinco pessoas estavam no local e tentaram socorrer Edson depois que
a máquina foi desligada, mas não era possível retirá-lo. O homem conta que o
Corpo de Bombeiros chegou primeiro.
Segundo a corporação, Edson foi retirado pelos militares,
que realizaram manobras de reanimação, uma vez que ele estava em parada
cardiorrespiratória, mas não tiveram sucesso. A morte foi confirmada por um
médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou depois. O
local foi isolado.
Jadelson diz que os colegas e ele estão em choque. “Sem
chão, sem palavras. Ele era muito humilde, brincava. E sempre falava para tomar
cuidado com a máquina”, conta. Edson fazia questão de participar do processo de
produção com o restante da equipe. O operador também contou que a máquina era
nova e não apresentava defeitos. Ela era usada para cortar frios, como
mussarela, presunto e outros produtos para os recheios dos salgados.
A movimentação das equipes de resgate e da Polícia Militar
(PM) chamou a atenção dos vizinhos da fábrica, que foram para a porta ver o que
estava acontecendo. Entre eles estava a técnica em enfermagem Selma Helena, de
58 anos, que conhece Edson e a família há algum tempo. “Ele era tão humano que
se qualquer pessoa chegasse pedindo um prato de comida, ele dava. Se você
falasse que não tinha dinheiro e precisasse de 100 salgados, ele te dava na
hora para pagar depois”, lembra. “Agora é ajudar a família, restituir, a
fábrica voltar a funcionar, porque não pode parar. Tem funcionários aí todos
deprimidos”, comentou.
No início desta tarde, ao acessar o site da Amandelli, onde
era possível encomendar produtos, há uma mensagem informando que a loja está fechada
por motivo de luto – Estado de Minas.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas