Menos de dez dias após baixar para 2,1% a previsão de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o governo federal revisou
novamente a estimativa e passou a prever uma expansão de apenas 0,02% para este
ano, ou seja, uma estabilidade.
O número foi divulgado pelo Ministério da Economia por meio
do relatório de receitas e despesas do orçamento de 2020.
A nova revisão da estimativa foi motivada pelo efeito da
pandemia do coronavírus no nível de atividade da economia. O PIB é a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da
economia.
Na semana passada, o mercado estimou uma alta de 1,68% para
o PIB deste ano, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central, mas já há
instituições financeiras estimando uma contração do PIB em 2020. Isso quer
dizer que haverá nova desaceleração da economia.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três
anos, com o resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das
famílias e dos investimentos privados. Em 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3%
em ambos os anos.
Risco de recessão
O secretário de Política Econômica do Ministério da
Economia, Adolfo Sachsida, lembrou que o conceito técnico de recessão se
caracteriza por dois trimestres seguidos de queda do PIB. Segundo ele,
"infelizmente", isso "já está sendo previsto".
“Existe uma boa chance de termos um PIB não muito favorável
no primeiro trimestre e uma redução significativa no segundo trimestre”,
declarou ele.
Para o secretário, entretanto, poderá haver uma retomada da
economia no segundo semestre, se a equipe econômica tomar as medidas corretas.
“Com os dados atuais, 0,02% [de alta para o PIB], é o melhor
que podemos fazer, mas há uma ampla incerteza sobre o que vai acontecer no
futuro. A última vez que o mundo viu algo parecido foi há cem anos atrás, na
gripe espanhola. Tivemos seis ‘circuit breakers’ [na bolsa de valores] em um
único mês”, declarou ele – G1.
Carlos Magno
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