O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta quarta-feira (25)
o posicionamento do discurso em rede nacional que fez na terça, em que criticou
medidas de isolamento e quarentena tomadas por governos estaduais no combate ao
coronavírus.
As ações de isolamento são recomendações de autoridades
sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em vários estados do
Brasil, os governos locais determinaram fechamento temporário do comércio,
escolas e serviços não-essenciais para evitar o avanço do vírus.
Bolsonaro se justificou dizendo que o isolamento vai criar
uma crise econômica e gerar desemprego, o que, segundo ele, pode levar a
conflitos sociais e abalo na democracia. O presidente disse que espera que o
vírus não mate ninguém, mas afirmou que outros vírus mataram e, nas palavras
dele, não houve "essa comoção toda".
"O que estão fazendo no Brasil, alguns poucos
governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com
o Brasil, estão destruindo empregos. E aqueles caras que falam 'ah, a economia
é menos importante do que a vida'. Cara pálida, não dissocie uma coisa de
outra", afirmou o presidente a jornalistas na saída da residência oficial
do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que está conversando com o ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que o ministério passe a adotar a
orientação de isolamento vertical.
"Conversei por alto com Mandetta ontem [terça], hoje
[quarta] vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa. A
orientação vai ser o vertical daqui para frente. Vou conversar com ele e tomar
a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com Mandetta",
disse.
Videoconferência com
governadores do Sudeste
O presidente voltou a criticar especificamente os
governadores de São Paulo, João Dória (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel (PSL), que se tornaram rivais políticos do presidente.
“Alguns poucos governadores, não são todos, em especial Rio
e São Paulo, estão fazendo uma demagogia barata em cima disso. Para esconder
outros problemas, se colocam junto à mídia como salvadores da pátria, como o
messias que vai salvar seus estados e o Brasil do caos. Fazem política o tempo
todo.
A declaração foi feita antes de uma videoconferência
prevista entre Bolsonaro e governadores dos estados do Sudeste – Rio, São
Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O presidente disse que tratará de temas
como a suspensão do pagamento da dívida dos estados com a União, adotado para
dar fôlego financeiros aos governadores neste momento de crise – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas