....
....
12/04/2020

Pai preso por matar o filho de 1 ano em dezembro do ano passado é encontrado morto dentro de cela com sinais de enforcamento


A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) informou que Paulo Roberto de Caldas Osório, de 45 anos, foi encontrado morto na cela onde estava detido na Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), no Complexo da Papuda.

 

Ele estava preso desde dezembro do ano passado, após confessar o assassinato do próprio filho, Bernardo Osório, de 1 ano e 11 meses, por desavenças com a mãe da criança. Em 1992, ele também matou a própria mãe a facadas e, à época, foi diagnosticado com esquizofrenia (relembre abaixo).

 

Segundo a Sesipe, o corpo do homem foi encontrado por volta das 17h15 de sábado (11), durante uma inspeção. A subsecretaria afirma que ele foi localizado no chão da cela, com sinais de enforcamento.



 

"A sirene foi acionada e um policial penal deu entrada no local para iniciar procedimentos de reanimação, mas sem sucesso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e quando chegou comprovou o óbito."

 

O caso está sendo investigado pela 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião. De acordo com a Sesipe, será instaurado um procedimento administrativo para verificar as circunstâncias do ocorrido.

 

"Cabe destacar que toda morte dentro do sistema gera ocorrência policial, o corpo é encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia e é instaurado procedimento administrativo", diz a pasta.

 

Caso Bernardo

 

O crime ocorreu em 29 de novembro do ano passado. Segundo as investigações, o pai buscou o menino Bernardo em uma creche, na Asa Sul, e desapareceu. No mesmo dia, Paulo enviou mensagens de texto e de áudio para a mãe do menino, Tatiana Silva. As gravações revelam que ele tinha desavenças com ela e com a avó da criança.

 

Em depoimento aos policiais, o homem disse que dopou o menino com um remédio controlado. O garoto teria morrido por conta dos medicamentos e o pai jogou o corpo dele no meio de uma estrada, na Bahia.

 

Paulo Roberto foi preso em 2 de dezembro e confessou o crime. O Ministério Público do DF o denunciou por homicídio triplamente qualificado.

 

Após a prisão, a defesa do suspeito pediu para que ele fosse transferido para a Ala de Tratamento Psiquiátrico do Complexo Penitenciário da Papuda. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça com base em um laudo do Instituto Médico Legal que atestou que ele não tinha problemas psiquiátricos.

 

Em fevereiro, a Justiça determinou a realização de um novo exame, a pedido da defesa de Paulo Roberto. Segundo os advogados, o servidor do Metrô-DF não tinha condições de responder pelos atos.

 

Morte da mãe

 

Paulo já havia ficado internado na ala psiquiátrica da Papuda por 10 anos, por ter assassinado a própria mãe. O crime ocorreu quando ele tinha 18 anos, na mesma casa da 712 Sul onde o servidor público morava antes de matar o filho.

 

Na época do crime, ele foi considerado semi-imputável – tinha condições de responder apenas parcialmente pelo assassinato, devido ao transtorno mental. Segundo os laudos, Paulo Roberto de Caldas Osório tinha esquizofrenia.

 

Três anos depois de cumprir a pena, ele fez concurso para o metrô do Distrito Federal e foi aprovado, inclusive na avaliação psicológica – G1.

 

Carlos Magno

 

VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas