O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta sexta-feira
(15), através de sua conta no twitter, que o presidente Jair Bolsoanro resolver
vetar a ampliação do Auxílio Emergencial para 11 categorias porque quer forçar
os trabalhadores a voltar às atividades, mesmo correndo riscos, diante da
pandemia do coronavírus. Segundo ele, Bolsonaro “joga com o desespero humano”.
“Ao negar o #AuxílioEmergencial para diversas categorias de
trabalhadores, o presidente tenta impor sua vontade de que voltem para suas
atividades e para as ruas. Joga com o desespero humano. Impõe a fome para levar
pessoas a morrerem pelo #coronavírus”, postou o parlamentar baiano.
De acordo com a Agência Brasil de Notícias, Bolsonaro vetou
a inclusão de categorias profissionais para o recebimento do auxílio
emergencial de R$ 600, o socorro financeiro pago pelo governo aos trabalhadores
informais afetados pelas medidas de combate à pandemia de covid-19 no país. A
lei com mudanças no auxílio emergencial foi sancionada com 11 vetos e publicada
nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial da União.
A medida aprovada pelo Congresso Nacional previa a inclusão
de mais de 20 categorias na lista do benefício, entre eles extrativistas,
assentados da reforma agrária, artesãos, profissionais da beleza (como
cabeleireiros), ambulantes que comercializem alimentos, diaristas, garçons,
guias de turismo, babás, motoristas de aplicativos, taxistas e catadores de
recicláveis.
Ao vetar o dispositivo, Bolsonaro justifica que, ao
especificar determinadas categorias para o recebimento do auxílio em detrimento
de outras, a medida ofende o princípio da isonomia ou igualdade material
previsto na Constituição, além de excluir da lei em vigor, os trabalhadores
informais em situação de vulnerabilidade social em função da covid-19. Para o
presidente, ao ampliar as hipóteses de beneficiários, os parlamentares também
criaram despesa obrigatória ao Executivo, sem apontar a fonte dos recursos e o
impacto orçamentário da medida.
O presidente também vetou a ampliação do pagamento do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) para família cuja renda mensal per
capita seja igual ou inferior a meio
salário mínimo. Hoje, de acordo com a lei em vigor, tem direito ao BPC
idosos e pessoas com deficiência cuja renda familiar é igual ou inferior a um
quarto do salário mínimo.
Os artigos vetados e as razões apresentadas pelo presidente
também foram publicadas no Diário Oficial da União e encaminhados ao Congresso
Nacional. A partir de agora, os parlamentares tem 30 dias para deliberar sobre
os vetos.
Carlos Magno
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