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15/05/2020

Bolsonaro nega auxílio a categorias para forçar trabalhador a voltar às atividades e às ruas, diz senador: “ele joga com o desespero humano”


O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta sexta-feira (15), através de sua conta no twitter, que o presidente Jair Bolsoanro resolver vetar a ampliação do Auxílio Emergencial para 11 categorias porque quer forçar os trabalhadores a voltar às atividades, mesmo correndo riscos, diante da pandemia do coronavírus. Segundo ele, Bolsonaro “joga com o desespero humano”.

 

“Ao negar o #AuxílioEmergencial para diversas categorias de trabalhadores, o presidente tenta impor sua vontade de que voltem para suas atividades e para as ruas. Joga com o desespero humano. Impõe a fome para levar pessoas a morrerem pelo #coronavírus”, postou o parlamentar baiano.



 

De acordo com a Agência Brasil de Notícias, Bolsonaro vetou a inclusão de categorias profissionais para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, o socorro financeiro pago pelo governo aos trabalhadores informais afetados pelas medidas de combate à pandemia de covid-19 no país. A lei com mudanças no auxílio emergencial foi sancionada com 11 vetos e publicada nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial da União.

 

A medida aprovada pelo Congresso Nacional previa a inclusão de mais de 20 categorias na lista do benefício, entre eles extrativistas, assentados da reforma agrária, artesãos, profissionais da beleza (como cabeleireiros), ambulantes que comercializem alimentos, diaristas, garçons, guias de turismo, babás, motoristas de aplicativos, taxistas e catadores de recicláveis.

 

Ao vetar o dispositivo, Bolsonaro justifica que, ao especificar determinadas categorias para o recebimento do auxílio em detrimento de outras, a medida ofende o princípio da isonomia ou igualdade material previsto na Constituição, além de excluir da lei em vigor, os trabalhadores informais em situação de vulnerabilidade social em função da covid-19. Para o presidente, ao ampliar as hipóteses de beneficiários, os parlamentares também criaram despesa obrigatória ao Executivo, sem apontar a fonte dos recursos e o impacto orçamentário da medida.

 

O presidente também vetou a ampliação do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para família cuja renda mensal per capita seja igual ou inferior a meio  salário mínimo. Hoje, de acordo com a lei em vigor, tem direito ao BPC idosos e pessoas com deficiência cuja renda familiar é igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.

 

Os artigos vetados e as razões apresentadas pelo presidente também foram publicadas no Diário Oficial da União e encaminhados ao Congresso Nacional. A partir de agora, os parlamentares tem 30 dias para deliberar sobre os vetos.

 

Carlos Magno

 

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