O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery
Rodrigues, disse na semana que passou que o governo federal vai chegar a uma
“solução intermediária” sobre a extensão do auxílio emergencial de R$ 600. A
solução seria reduzir o valor para a mesma quantia paga aos beneficiários do
Bolsa Família, cujo benefício médio foi de R$ 191,86 em março.
O auxílio é pago aos trabalhadores informais e pessoas de
baixa renda prejudicados pelos impactos da pandemia de covid-19 na economia.
Quem tem direito precisa estar inscrito do cadastro social do governo e no
Bolsa Família, ou fazer o pedido pelos canais de atendimento da Caixa Econômica
Federal.
O pagamento está previsto para ser efetuado em 3 parcelas,
por 3 meses (abril, maio e junho). A equipe econômica tem sido pressionada para
que o benefício seja prorrogado, dada a imprevisibilidade sobre o fim da
pandemia de covid-19.
O secretário Waldery Rodrigues disse que a pasta chegará a
uma “solução intermediária”, mas “não com o mesmo perfil de hoje”, afirmou. O
ministro Paulo Guedes (Economia) já disse que o valor pode cair para R$ 200.
“Chegaremos a uma solução intermediária, não com o mesmo
perfil de hoje. E uma possibilidade, o referencial [de valor do auxílio
emergencial], é exatamente o valor trazido pelo Bolsa Família”, declarou
Waldery Rodrigues.
O auxílio emergencial tem custado próximo de R$ 151,5
bilhões em 3 meses. Quando foi aprovado, a projeção inicial era de que o
governo teria despesas de R$ 98,2 bilhões no período.
“Como são em 3 parcelas, dá uma média de R$ 51,5 bilhões por
mês. Portanto, é 1 auxílio que tem custo relevante para a sociedade. Ele é, por
exemplo, mais que o Bolsa Família do ano todo. O auxílio emergencial de 1 mês
custa mais que o Bolsa Família do ano todo”, declarou Waldery Rodrigues.
A equipe econômica foi orientada pelo ministro Paulo Guedes
a atender aos mais vulneráveis, mas com “olhar diligente e cauteloso em relação
à situação fiscal”, segundo o secretário. “Neste momento de pandemia em que há
uma alta imprevisibilidade de quando será o seu término, nós estamos atentos
para que o auxílio emergencial siga, mas de forma adequada a cada momento”,
afirmou.
O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo
Guaranys, disse que o benefício custa mais da metade do destinado à “Esplanada
para fazer os programas livres”, o chamado Orçamento discricionário. Sobre o
aumento dos gastos, ele declarou que, apesar de não haver limite para o
endividamento público, o auxílio é pago pela sociedade em momento fragilidade
fiscal. “O auxílio hoje é custo, nos preocupa continuar, mas precisamos avaliar
as condições da crise”, declarou Guaranys – Poder 360.
Carlos Magno
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