É com profunda tristeza que a Catraca Livre anuncia o
falecimento de seu fundador, Gilberto Dimenstein, aos 63 anos de idade.
Dimenstein morreu nesta sexta-feira, 29, às 9h, enquanto dormia. O escritor,
educador e jornalista deixa dois filhos, Marcos Dimenstein e Gabriel
Dimenstein, a esposa, Anna Penido, e um netinho. Ele travava uma luta contra um
câncer no pâncreas há nove meses.
Em sua última entrevista, ao UOL, Dimenstein afirmou que
estava vivendo “uma história de amor com o câncer”. Os tratamentos não estavam
adiantando, e o jornalista não resistiu.
Gilberto Dimenstein nasceu em 28 de agosto de 1956, em São
Paulo, filho de pernambucano de origem polonesa e de uma paraense de
ascendência marroquina. Formado em jornalismo pela faculdade Cásper Líbero,
Dimenstein fez sua carreira jornalística no jornal Folha de S. Paulo, onde
atuou por 28 anos. Também foi comentarista da Rádio CBN. Criou a Catraca Livre
em julho de 2009, quando sentiu a necessidade de agrupar, em uma única
plataforma, os eventos culturais gratuitos da cidade de São Paulo.
Dimenstein ganhou dois Prêmios Esso de Jornalismo – em 1988,
na categoria Principal, com a reportagem “A Lista da Fisiologia”, e, no ano
seguinte, na categoria Informação Política, com “O Grande Golpe”, ambas
publicadas pela Folha de S.Paulo -, dois Prêmios Líbero Badaró de Imprensa e o
Prêmio Jabuti de Literatura de Melhor Livro de Não-Ficção em 1993, com “O
Cidadão de Papel”.
Mas, muito mais do que isso, Dimenstein inspirou uma legião
de jornalistas, educadores e comunicadores, ávidos por Justiça, por verdade e
por conhecimento. Ao nosso mestre, nosso muito obrigado – Catraca Livre.
Carlos Magno
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