....
....
30/05/2020

Governo Bolsonaro articula tomar emprestado cerca de US$ 4 bilhões de 6 instituições internacionais


A Secretaria do Tesouro Nacional informou na última quarta-feira (27) que o governo busca empréstimos em organismos internacionais que somam US$ 3,35 bilhões e € 550 milhões, totalizando cerca de US$ 4 bilhões.

 

Segundo o Tesouro, os recursos serão usados para pagar:

 

- auxílio emergencial de R$ 600;

- programa de manutenção do emprego e renda;

- seguro-desemprego;

- Bolsa Família.

 

Juntas, essas despesas somam, até o momento, R$ 222,8 bilhões. Com o dólar a R$ 5,28 na tarde desta quarta-feira, os empréstimos buscados pelo governo somam cerca de R$ 21 bilhões.



 

Segundo o governo, a operação de empréstimo, já aprovada pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), envolve quatro organismos multilaterais e duas agências de desenvolvimento:

 

- Agência Francesa de Desenvolvimento;

- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);

- Banco Mundial (Bird);

- Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF);

- Banco de desenvolvimento alemão (KfW);

- Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) – o banco do Brics.

 

"Os organismos multilaterais, em geral, tendem a financiar mais investimentos. Entretanto, dada a pandemia, abriram linhas especiais para financiar despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia em todo o mundo", afirmou Márcia Tapajós, coordenadora-geral de Controle e Pagamento da Dívida Pública Federal.

 

Juros mais baixos

 

O Tesouro informou que, apesar da queda na procura por títulos públicos em março e em abril, a operação não representa dificuldade por parte do governo em buscar recursos no mercado, isto é, por meio da emissão da dívida pública interna.

 

O objetivo, ainda de acordo com a instituição, seria economizar, visto que essas operações teriam juros mais baixos do que os cobrados por instituições financeiras, fundos de investimento e de previdência na compra de títulos no mercado interno.

 

"Não há nenhuma dificuldade de financiamento da dívida no mercado doméstico. A operação com multilaterais, de US$ 3,35 bilhões e de 550 milhões de euros, contribui para fortalecer o caixa do Tesouro com custos abaixo do custo de captação do Tesouro e com prazos de até 30 anos", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Vital Nunes Pereira.

 

Questionado por que o governo brasileiro não vende reservas internacionais para custear os gastos com os programas, o Tesouro respondeu que "questões sobre reservas internacionais devem ser encaminhadas ao Banco Central, a quem cabe responder sobre o assunto" – G1.

 

Carlos Magno

 

VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-
Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas