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31/05/2020

Manifestantes fazem ato em Brasília em apoio a Bolsonaro e em defesa de medidas inconstitucionais e antidemocráticas; presidente participou do ato


Manifestantes fizeram neste domingo (31) em Brasília um ato a favor do governo Jair Bolsonaro e em defesa de medidas inconstitucionais e antidemocráticas, como o fechamento do Congresso, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma intervenção militar.

 

Pela Constituição, vigora no Brasil o regime democrático, portanto, uma intervenção militar seria ilegal. A Constituição também determina que Congresso e STF fazem parte dos poderes da República e devem ter autonomia.



 

Os manifestantes desceram pela Esplanada dos Ministérios, a maioria de carro, em direção à Praça dos Três Poderes, onde estão localizados o Congresso, o Palácio do Planalto (sede do poder Executivo), e o prédio do STF. Alguns deles optaram por se concentrar em outro ponto, no gramado em frente ao Congresso.

 

Bolsonaro usou o helicóptero da Presidência para sobrevoar o ato de apoio a seu governo. Do alto, acenou para os manifestantes.

 

Depois de o helicóptero pousar, Bolsonaro foi para a frente do Palácio do Planalto e, a pé, percorreu o cercado onde se aglomeravam os manifestantes. Sem máscara para prevenção do coronavírus, contrariando decreto do governo do Distrito Federal, Bolsonaro acenou para os apoiadores.



 

Parte dos manifestantes também não usava máscara. A multa prevista para quem desrespeitar o decreto é de até R$ 2 mil reais. Também por conta da pandemia, o governo do DF não recomenda aglomerações.

 

Questionado pelo G1 sobre eventuais medidas para evitar aglomerações entre os manifestantes, o governo do DF não informou quais orientações deu às equipes de segurança. Em nota, informou que "realizar manifestação é um direito fundamental", expresso na Constituição.

 

O G1 questionou a Polícia Militar e o GDF se houve punições aos manifestantes que estavam sem máscara, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Na última semana, a Polícia Civil indiciou dois manifestantes que estavam sem máscara em protesto realizado no dia 1º de maio.

 

Em outro momento do ato, Bolsonaro montou sobre um cavalo de uma patrulha militar que fazia a segurança na área. Ele cavalgou em frente aos manifestantes e, novamente, acenou.

 

Nesta semana, causou contrariedade entre os apoiadores mais fiéis do presidente a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que realizou buscas e apreensões em endereços de empresários e blogueiros ligados a Bolsonaro.

 

A operação, parte do inquérito das fake news, que apura ameaças e ofensas à Corte, é de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do STF – G1.

 

Carlos Magno

 

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