Um rapaz de 26 anos foi preso nesta semana pela morte da
adolescente Maria Eduarda Silva, de 15 anos. Ela estava desaparecida desde a
última terça, e o corpo dela foi achado no domingo passado em um matagal em
Formiga, região Centro-Oeste de Minas Gerais.
Segundo a polícia, o autor, que não teve a identidade
revelada, confessou ter asfixiado e matado a garota depois de ter abusado
sexualmente dela. Ele foi preso pela Polícia Militar (PM) em uma padaria da
cidade mineira. Durante depoimento, ele disse que agiu porque queria roubar o
celular da vítima.
“O autor confessou que seguiu a vítima até próximo ao Tiro
de Guerra [unidade do Exército]. Ela não o conhecia, e o próprio autor disse
que decidiu segui-la. Ele afirmou que deu uma gravata na vítima até desacordá-la.
Depois amarrou a blusa [da própria vítima] e a matou estrangulada”, disse o
delegado de Crimes Contra a Pessoa, Luís Paulo Oliveira.
O autor era conhecido da polícia por ter cometido pequenos
furtos na cidade. No entanto, segundo a Polícia Civil, ele nunca havia sido
preso.
A Polícia Civil informou que Maria Eduarda saiu de casa para
se encontrar com um rapaz que tinha conhecido pelas redes sociais. Ele prestou
depoimento, e a participação dele no crime foi descartada.
“Descartamos a participação do segundo envolvido. O próprio
autor deixa claro que agiu sozinho. O segundo suspeito foi ouvido e liberado.
Ele mora próximo ao local do crime, era conhecido da vítima naquela semana, mas
não temos elementos que pudesse levar à participação dele”, concluiu o delegado
Luís Paulo.
Homem seguiu a vítima
no dia do crime
O delegado regional Tiago Veiga afirmou durante entrevista
coletiva que, com ajuda de imagens registradas por câmeras de segurança, a
polícia conseguiu refazer o trajeto da vítima.
“A partir da coleta das filmagens, concluímos que ele a
seguiu por todo o tempo. Elas mostram a vítima andando até a praça do Tiro de
Guerra. Pouco depois, ele aparecia, sempre seguindo os passos dela, até chegar
na praça. Lá não temos as capturas de imagem. Temos o registro dele, depois,
jogando o chip fora", afirmou Tiago.
O delegado afirmou que o autor foi identificado por meio das
imagens. Em seguida, a Justiça expediu um mandado de prisão contra ele.
“Não tínhamos dúvida de que haveria o fato comprovado
posteriormente. Com apoio de cooperadores, usando um drone, achamos o corpo em
um matagal próximo ao Tiro de Guerra", explicou.
O delegado de Crimes Contra a Pessoa afirmou que o crime foi
registrado na noite de terça-feira, data do desaparecimento da adolescente. Foi
colhido material genético do rapaz para fazer a comparação com o DNA das lesões
encontradas na vítima.
Desaparecimento
O registro do desaparecimento foi feito na quarta-feira (3),
pela mãe de Maria Eduarda, na Polícia Militar (PM). Na ocasião, ela contou que
a adolescente havia saído de casa por volta das 19h30 de terça e que o horário
combinado entre elas para que a adolescente retornasse para casa seria às
22h30.
A mãe ainda explicou aos policiais que dormiu e, ao sair
para trabalhar na quarta-feira, pensou que a filha estivesse em casa. A falta
da menina foi percebida quando a mãe retornou do trabalho para casa.
Ela disse à polícia que tentou contato com a filha pelo
celular, mas desde então, o telefone emitia mensagem de desligado. A PM disse
também que a mãe contou ter entrado em contato com a família da amiga que Maria
disse que iria encontrar no dia do desaparecimento, mas foi informada que a
adolescente não havia chegado ao local – G1.
Carlos Magno
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