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24/06/2020

Em carta, funcionários do Banco Mundial pedem suspensão da nomeação de Weintraub para diretoria executiva


A associação de funcionários do Banco Mundial enviou uma carta aberta ao Comitê de Ética da instituição, nesta quarta-feira (24), pedindo suspensão da nomeação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para um cargo de diretor executivo.

 

Ao sair do governo, Weintraub foi indicado para o conselho de diretores, que abriga representantes dos países. O grupo específico que o Brasil integra reúne Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago. Essas nações terão que aprovar a indicação do ex-ministro.



 

Na carta enviada ao Comitê de Ética, os funcionários do banco se dizem preocupados com declarações tidas como preconceituosas de Weintraub sobre os chineses e sobre minorias.

 

O grupo cita a postagem do ex-ministro em que ele usou personagem de desenho para ironizar a fala dos chineses, culpando-os pelo novo coronavírus e insinuando que querem dominar o mundo. A associação menciona ainda que o Supremo Tribunal Federal abriu investigação sobre o caso por racismo, e também que o ex-ministro sugeriu que os membros da Corte deveriam ser presos.

 

O texto diz que a última ação de Weintraub no ministério foi acabar com cotas para minorias em cursos de pós-graduação, como o acesso de negros, indígenas e pessoas com deficiência. E que ele fez declarações públicas contra a proteção do direito de minorias e da promoção de igualdade racial.

 

A associação de funcionários afirma que entende que a escolha de pessoas para ocupar o cargo é exclusivamente do Brasil, mas que precisam garantir que os membros do conselho sigam códigos de conduta que exigem "altos níveis de integridade e ética" tanto do lado pessoal quanto profissional.

 

O grupo espera que o Comitê de Ética leve em conta os fatos citados para suspender a nomeação de Weintraub até que eles sejam analisados e que Weintraub tenha conhecimento que as atitudes das quais é acusado "são totalmente inaceitáveis" no Banco Mundial. A associação lembra que o fim do racismo na instituição é uma posição moral que foi recentemente tomada e que deve ser reforçada – G1.

 

Carlos Magno

 

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