....
....
01/07/2020

Decisão do TSE de manter duas ações que pedem cassação de Bolsonaro e Mourão abre precedente para outras quatro ações


A decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomada no último dia 30 de junho, por 4 votos a 3, de não arquivar duas ações que pedem a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão terá consequência para outras quatro ações que tramitam na corte. Com a decisão, foi reaberta a fase de produção de provas para tentar comprovar o suposto abuso de poder na campanha presidencial de 2018.

 

A Justiça eleitoral vai seguir com a investigação se a chapa vencedora das eleições presidenciais em 2018 tirou vantagem de um ataque hacker ao grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” no Facebook, que foi responsável por lançar o movimento #EleNão.



 

Depois da invasão, a página foi rebatizada como “Mulheres COM Bolsonaro #17”. Beneficiado pela mudança, o então candidato Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais um “print” da comunidade virtual, acompanhado de um texto de agradecimento.

 

As ações para investigar o episódio foram apresentadas pelas campanhas dos então candidatos à Presidência da República Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

 

Atualmente, ainda existem outras seis Ações de Investigação Judicial Eleitoral abertas contra a chapa presidencial. Nos bastidores, as duas discutidas no dia 30 são consideradas mais frágeis. Contudo, a decisão tomada pelos magistrados é vista como precedente importante para as outras quatro ações em curso.

 

Se a chapa Bolsonaro-Mourão for cassada ainda neste ano pelo TSE, novas eleições deverão ser convocadas. Caso o presidente e o vice sejam cassados pelo tribunal em 2021 ou 2022, o Congresso Nacional irá escolher o novo chefe do Planalto. Até hoje, o TSE jamais cassou um presidente da República.

 

Defesa


Na defesa apresentada no processo, os advogados afirmaram que Bolsonaro e Mourão não participaram e não tiveram conhecimento prévio do episódio.


A defesa lembrou ainda que, nos dias 15 e 16 de setembro de 2018, data do fato, Bolsonaro estava internado após ter sido submetido a cirurgia decorrente do atentado praticado por Adélio Bispo – Agência Brasil.

 

Carlos Magno

 

VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-
Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas